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Sai Campos, entra Galípolo: Banco Central independente não é mais um problema?

Evando Moreira
Jornalista, fundador, editor, analista político.

O economista Gabriel Galípolo, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad

O que aconteceu: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária, para a presidência do Banco Central (BC). A escolha de Galípolo encerra uma fase marcada por intensas críticas de Lula ao atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, a quem o governo frequentemente atribuiu responsabilidade por diversos problemas econômicos do país.

Por que importa: Durante os primeiros 20 meses de seu terceiro mandato, Lula repetidamente culpou Campos Neto e o Banco Central independente pelos “males do país”, atacando a política monetária do BC e a manutenção de altas taxas de juros. Com a nomeação de Galípolo, o discurso contra a independência do Banco Central perde força, e o governo deve agora demonstrar como vai equilibrar a autonomia da instituição com seus objetivos econômicos.

➔ Frases de Lula contra Campos Neto e o BC independente:

  • “Esse cidadão [Campos Neto] não entende o papel do Banco Central; ele só olha para os números e esquece das pessoas.”
  • “A independência do Banco Central é uma aberração; o que temos é um presidente do Banco Central que não respeita o presidente eleito pelo povo.”
  • “Roberto Campos Neto está prestando um desserviço ao país com esses juros altos que só servem aos interesses de banqueiros.”

Entre as linhas: A insistência de Lula em criticar Campos Neto e a independência do BC gerou a percepção de que qualquer nome indicado para substituir Campos Neto poderia ser visto como um “pau-mandado” do governo, com a missão de reduzir os juros “a canetadas”. Essa percepção foi amplificada após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio, quando os quatro diretores indicados por Lula votaram em bloco, em contraste com os outros cinco membros da diretoria.

O que vem a seguir: A nomeação de Galípolo será um teste crucial para o governo, que precisa equilibrar suas críticas ao BC com a expectativa de que a instituição mantenha sua autonomia. As próximas decisões do Copom, sob a presidência de Galípolo, serão observadas de perto para identificar qualquer mudança na política de juros e a possível influência direta do Executivo.

O que observar: Resta ver se Galípolo conseguirá convencer o mercado de sua independência, ou se será visto como uma extensão das políticas do governo. A primeira reunião do Copom com Galípolo no comando será um termômetro essencial para medir a confiança do mercado e a percepção pública sobre o futuro da política monetária no Brasil.

Vá mais fundo: A primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) sob a presidência de Gabriel Galípolo, caso ele seja confirmado pelo Senado, deverá ocorrer entre 31 de outubro e 1º de novembro de 2024. As reuniões do Copom são realizadas a cada 45 dias, geralmente em uma terça e quarta-feira, quando o colegiado discute e define a taxa básica de juros (Selic) para o período. A confirmação de Galípolo antes dessa data é essencial para que ele possa conduzir a reunião e estabelecer a direção da política monetária sob sua liderança.

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