O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), fez uma declaração que pressiona ainda mais o governo neste momento delicado no qual se discute, em caráter de urgência, cortes de gastos para sanear as contas desta gestão perdulária.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta quinta-feira (7), o pedetista garantiu que, se houver cortes em benefícios previdenciários, deixará o governo.
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Lupi explicou que não se pode comprometer “direitos adquiridos” ou alterar a política de aumento do salário mínimo, hipótese que está sobre a mesa de negociações da gestão petista.
– Como vai pegar a Previdência? A média salarial das pessoas é R$ 1.860. Vou fazer o quê com isso? Tirar direito adquirido? Não conte comigo. Vou baixar o salário? Não conte comigo. Vou deixar de ter ganho real (no salário mínimo)? Não conte comigo. Se isso acontecer, não tenho como ficar no governo – afirmou o ministro.
Lupi elegeu o investimento em tecnologia como forma de estancar as despesas desnecessárias de sua pasta.
– Despesa obrigatória não tem como ser cortada. Acha que algum congressista vai tirar direito de aposentado? Tenho que nascer de novo para acreditar nessa história. O que podemos fazer, e estamos fazendo, é apertar as irregularidades. Estamos fazendo uma economia grande conferindo gente que não tem mais direito à licença por doença. Se um cara teve uma doença e se curou, como continua tendo licença? O grande desafio da Previdência é que mais da metade dos nossos pedidos são de auxílio-doença. O Brasil está doente assim? Temos que melhorar, por exemplo, a biometria. Precisamos botar tecnologia de ponta e ajudar quem tem direito, separar o joio do trigo.
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