detailingshop-header-pic1
Médica da Marinha baleada na cabeça dentro do Hospital Marcílio Dias morre após passar por cirurgia
10 de dezembro de 2024
Com nova alta da Selic, Brasil sobe para 2º no ranking de maiores juros reais do mundo; veja lista
11 de dezembro de 2024
10 de dezembro de 2024

Quem é o líder rebelde Mohamed al-Bashir, primeiro-ministro interino da Síria

Evando Moreira
Jornalista, fundador, editor, analista político.

Mohamed al-Bashir, líder oposicionista na Síria que assume como primeiro-ministro interino até 1º de março de 2025. — Foto: Reprodução/Ministério da Informação do Governo da Salvação síria

Mohamed al-Bashir, líder oposicionista na Síria que assume como primeiro-ministro interino até 1º de março de 2025. — Foto: Reprodução/Ministério da Informação do Governo da Salvação síria

Engenheiro de formação, ele passou a integrar o governo da província rebelde de Idlib, uma das últimas fora do controle de Bashar al-Assad antes da ofensiva do fim de novembro. Antes de ser nomeado, Bashir era uma figura pouco conhecida entre os sírios fora de sua região natal.

O líder rebelde sírio Mohamed al-Bashir fez um pronunciamento televisionado nesta terça-feira (10) dizendo que ele se manterá no poder no país como primeiro-ministro interino até 1º de março.

Ele se torna, portanto, o primeiro chefe de governo do país após a queda de Bashar al-Assad.

Bashir é o chefe do Governo da Salvação Síria, que comandava de fato a província rebelde de Idlib, no noroeste da Síria. A nomeação tem o aval de diversos líderes da oposição, incluindo Abu Mohammed al-Golani, chefe do HTS, e integrantes do regime Assad remanescentes no país, como o primeiro-ministro Mohammed Jalali.

Durante a guerra, ele viu sua região se tornar um dos últimos redutos da oposição armada contra o governo, antes do reinício dos combates no fim de novembro.

Nascido em 1983 em Jabal Zawiya, na província de Idlib, Bashir é engenheiro de formação. Formado na Universidade de Aleppo, Bashir iniciou seus estudos em engenharia elétrica e eletrônica, mas também fez formações em direito civil e islâmico na faculdade de Idlib, segundo sua biografia.

Trabalhou na companhia nacional síria de gás, mas se juntou posteriormente à administração insurgente em Idlib, onde ocupou o cargo de ministro de Desenvolvimento, antes de se tornar chefe do Governo de Salvação, em janeiro de 2024.

O governo autoproclamado, criado em 2017 no território de Idlib para fornecer serviços à região após o rompimento com Damasco, possui seus próprios ministérios, departamentos administrativos, autoridades judiciais e de segurança.

Recentemente, foi se expandindo para Aleppo, segunda maior cidade da Síria e o primeiro grande centro urbano a cair nas mãos dos rebeldes após o início da ofensiva-relâmpago, no fim de novembro, que culminou na queda de Bashar al-Assad, no domingo (8).

Antes de ser nomeado líder do governo de transição, Bashir era uma figura pouco conhecida entre os sírios fora de sua região natal.

00:00/04:47

Rebeldes escolhem primeiro-ministro interino para a Síria

Desafios

 

Agora à frente de um país, e não mais de uma região rebelde, Bashir terá de lidar com questões mais complexas. Além das diferenças internas dentro da aliança rebelde, outros grupos da sociedade síria buscam se impor.

Bashir apareceu pela primeira vez na segunda-feira (9) fora do reduto rebelde, com barba longa e vestido com terno e gravata.

O novo chefe de governo foi visto em um breve trecho de vídeo de uma entrevista entre o líder da coalizão rebelde, Abu Mohammed al-Golani, e o ex-primeiro-ministro Mohammed al Jalali, para coordenar a “transferência de poder”.

Durante o encontro, Golani destacou a experiência adquirida pelas autoridades locais na gestão da região de Idlib. No entanto, ele admitiu a necessidade de que o novo governo integre pessoas experientes da administração anterior.

Radwan Ziadeh, especialista em Síria do Centro Árabe de Washington, descreveu Bashir como “o mais próximo” de Golani e da câmara de operações conjuntas das facções rebeldes. “Mas os desafios que ele tem que enfrentar são realmente imensos.”

 

“Assim como a revolução foi uma revolução para todos os sírios, o processo de transição deve ser uma questão de todos os sírios para garantir seu sucesso e assegurar uma transição pacífica para a democracia”, concluiu.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Ver mais

18 de novembro de 2025
Compartilhe a notícia Facebook Twitter Linkedin Whatsapp Gmail Reforma já será finalizada com as decorações natalinas, em preparação para o fim de ano. A requalificação da Praça […]
18 de novembro de 2025
Compartilhe a notícia Facebook Twitter Linkedin Whatsapp Gmail Eles carregam memórias, ensinam lições e são parte viva da nossa história. É por isso que seguimos investindo […]