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“Paris24 ficará manchada”, diz JK Rowling sobre boxeadora trans

Evando Moreira
Jornalista, fundador, editor, analista político.

Autora de Harry Potter questionou se será necessário que uma atleta morra para “acabar com essa insanidade”

Pleno.News – 01/08/2024 12h52 | atualizado em 01/08/2024 15h08

JK Rowling e boxeadoras Angela Carini e Imane Khelif Foto: EFE/Michael Reynolds | EFE/EPA/YAHYA ARHAB

Autora dos livros da saga Harry Potter, JK Rowling expressou sua indignação e revolta com a luta olímpica entre a boxeadora transexual argelina Imane Khelif e a pugilista italiana Angela Carini. Por meio do X, a escritora questionou se será necessário que uma mulher biológica morra para que proíbam mulheres trans – nascidas como homens biológicos – de disputarem em categorias femininas.

– O que será necessário para acabar com essa insanidade? Uma boxeadora ficar com ferimentos que alteraram sua vida? Uma boxeadora morta? – escreveu a autora.

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Na sequência, JK compartilhou o vídeo da luta em que Angela Carini abandona o ringue após apenas 46 segundos, em decorrência de fortes dores causadas por dois socos da adversária.

– Assista e depois explique por que você concorda com um homem batendo em uma mulher em público para seu entretenimento. Isso não é esporte. São os homens se deleitando com seu poder sobre as mulheres – adicionou.

 

Rowling ainda disparou críticas diretamente a Kirsty Burrows, Chefe da Unidade de Esporte Seguro do COI (Comitê Olímpico Internacional), chamando-a de “vergonha” por permitir que o esforço de uma atleta fosse roubado.

– Uma jovem boxeadora teve tudo o que ela trabalhou e treinou roubado porque você permitiu que um homem entrasse no ringue com ela. Você é uma vergonha, sua “salvaguarda” é uma piada, e Paris 24 ficará para sempre manchada pela injustiça brutal feita a Carini – acrescentou.

A escritora também compartilhou uma foto em que a boxeadora italiana aparece chorando ao lado da argelina.

– Alguma imagem poderia resumir melhor o nosso novo movimento pelos direitos dos homens? O sorriso malicioso de um homem que sabe que está protegido por um establishment esportivo misógino, aproveitando a angústia de uma mulher em que ele acabou de dar um soco na cabeça e cuja ambição de vida ele acabou de destruir – completou.

ENTENDA
A luta entre a boxeadora italiana Angela Carini e a pugilista transexual argelina Imane Khelif nas Olimpíadas de Paris 2024, nesta quinta-feira (1°), durou somente 46 segundos. Isso porque Carini abandonou a disputa pela categoria de até 66kg do boxe feminino relatando dores intensas no nariz após dois socos da adversária. Na ocasião, a italiana de 25 anos atirou seu capacete ao chão e disparou “isso é injusto”, antes de deixar o ringue.

Aos 30 segundos de luta, Carini chegou a ir até seu treinador para consertar o capacete, mas ao retornar à disputa, ela decidiu parar de vez. O oficial da luta segurou a mão das duas pugilistas e ergueu a de Khelif no ar declarando-a vencedora, mas a italiana retirou a sua e caiu de joelhos, aos soluços.

Khelif e outra boxeadora trans, a taiwanesa Lin Yu-ting, chegaram a ser reprovadas em um teste de gênero devido a seus níveis elevados de testosterona e cromossomos XY, sendo desclassificadas pela Associação Internacional de Boxe (IBA) no mundial do último ano. Entretanto, o Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou a participação das duas atletas nos Jogos de Paris.

Segundo informações do Daily Mail, após a partida, a atleta italiana desabafou dizendo à imprensa que, embora esteja acostumada a sofrer, ela nunca levou um soco tão forte em sua vida.

– Estou acostumada a sofrer. Nunca levei um soco assim, é impossível continuar. Não sou ninguém para dizer que é ilegal. Entrei no ringue para lutar. Mas não senti mais vontade depois do primeiro minuto. Comecei a sentir uma dor forte no nariz. Não desisti, mas um soco doeu demais, e então falei “chega”. Vou embora de cabeça erguida – declarou.

PLENO NEWS

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