📌 O que aconteceu
O volume de emendas parlamentares no Orçamento federal ultrapassará a marca de R$ 50 bilhões em 2025, um recorde. Especialistas alertam para o impacto dessa concentração de recursos sob controle do Legislativo, que compromete o planejamento do governo e favorece práticas clientelistas.
💰 Por que importa
➡️ As emendas representam quase 20% das despesas discricionárias do governo federal, destinadas a investimentos e manutenção da máquina pública.
➡️ A priorização política dos parlamentares sobre os recursos públicos pode reduzir a eficiência dos gastos e gerar distorções na distribuição.
➡️ O modelo brasileiro de emendas não tem paralelo em democracias avançadas, segundo economistas.
🔎 Vá mais fundo
O crescimento das emendas parlamentares é resultado de mudanças políticas ao longo da última década. Em 2015, tornaram-se impositivas, obrigando o governo a executá-las. No governo Bolsonaro, o chamado “Orçamento Secreto” ampliou o controle do Congresso sobre os recursos, criando um novo patamar de influência parlamentar sobre o destino do dinheiro público.
📢 O que dizem os especialistas
Samuel Pessôa, economista: “Esse volume de emendas reduz a eficiência do gasto público. São R$ 50 bilhões — quase 0,5% do PIB — distribuídos sem um plano estratégico. Isso não atende ao interesse coletivo.” (O Globo)
Marcos Mendes, especialista em Orçamento: “Em nenhum outro país desenvolvido o Parlamento tem esse nível de controle detalhado sobre o Orçamento. No Brasil, cada parlamentar tem sua fatia, e isso é uma distorção.” (O Globo)
⚠️ E agora?
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem exigido mais transparência na destinação das emendas, mas a tendência de crescimento segue forte. Com um Executivo enfraquecido politicamente, o Congresso ampliou seu domínio sobre os recursos — e os impactos disso na gestão pública continuarão no centro do debate econômico e político.
FOCUS PODER