A administração de dez aeroportos regionais no Ceará pela Infraero pode chegar ao fim em outubro deste ano. A possibilidade de rescisão do contrato de gestão, que atualmente está em discussão, foi revelada por fontes ligadas ao setor aéreo. A Infraero, que assumiu a responsabilidade pelos aeroportos em agosto de 2023, enfrenta desafios que podem levar ao encerramento antecipado do acordo.
Os aeroportos sob administração da Infraero incluem os de Aracati, Jericoacoara, Sobral, São Benedito, Iguatu, Crateús, Campos Sales, Camocim, Quixadá e Tauá. A gestão desses terminais, que inicialmente deveria durar cinco anos, pode ser devolvida à Superintendência de Obras Públicas (SOP) do Governo do Ceará, caso o contrato seja rescindido. Até o momento, a SOP não se pronunciou sobre a possível retomada da administração.
Embora a Infraero ainda esteja em negociações para manter a gestão dos aeroportos, as discussões nos bastidores indicam que o governo estadual pode ter planos diferentes. Um dos principais fatores que complicam a permanência da Infraero é a sua situação financeira, aliada à baixa demanda em quase todos os aeroportos, com exceção do terminal de Jericoacoara, que apresenta movimentação significativa.
Além disso, a infraestrutura precária de alguns aeroportos, como o de Quixadá, e a suspensão de voos comerciais pela Azul Conecta, têm contribuído para a deterioração das operações. A falta de novos voos e a redução de operações em vários terminais também são citadas como motivos que podem levar ao rompimento contratual.
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