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Hugo Motta bate na mesa após deputadas insistirem sobre votação de projetos com urgência

Evando Moreira
Jornalista, fundador, editor, analista político.

Por Pedro Figueiredo

Repórter da GloboNews no Congresso Nacional

Conhecido pelo perfil afável, o presidente da Câmara, Hugo Motta (REP-PB), teve um rompante de irritação na reunião de líderes desta quinta-feira (13). Segundo participantes da reunião, Motta se irritou após apelos de deputadas mulheres pela votação de projetos da bancada feminina com urgência e chegou a bater na mesa.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). — Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). — Foto: Fátima Meira/Enquadrar/Estadão Conteúdo

A líder da federação PSOL-Rede, Talíria Petrone (PSOL-RJ), que fez o apelo, se emocionou e disse a interlocutores que chegou a chorar na reunião. Líderes que estavam no momento vão sugerir a Motta que peça desculpas à parlamentar.

Prioridade para comissões

 

Desde o início do seu período no comando da Câmara, Hugo Motta tem evitado pautar projetos em regime de urgência, para valorizar o trabalho das comissões. Na reunião desta quinta-feira (13), líderes tratavam das pautas que serão analisadas nas próximas semanas.

Hugo Motta dá bronca em deputados após briga no plenário

Tradicionalmente, a Câmara analisa no mês de março projetos de lei em defesa aos direitos da mulher e que são consensuais entre partidos de diferentes espectros políticos, como PL e PSOL.

A deputada Iza Arruda (MDB-PE) representava a bancada feminina na reunião. Ela apresentou uma lista com 11 propostas, todas de consenso, para serem apreciadas. Mas, ao ler a lista, participantes da reunião disseram que Motta apontou que apenas cinco tinham parecer. E que não faria sentido votar em regime de urgência as outras seis – que ainda não haviam sido analisados nas comissões – já que o presidente tem evitado votar propostas em urgência no Plenário.

A representante da bancada feminina e a líder da federação PSOL-Rede justificaram que, como o procedimento foi modificado este ano e as comissões ainda não foram instaladas, não houve tempo para análise dos temas pelos colegiados. E defendiam que, neste caso, fosse aberta uma exceção.

Talíria Petrone argumentou que os projetos eram necessários, uma vez que já há uma subrepresentação feminina, inclusivo no Parlamento. E citou que entre diversos líderes havia apenas duas mulheres presentes na reunião.

Neste momento, segundo os presentes, Hugo Motta se irritou, bateu na mesa e afirmou que “se for assim, não precisa mais existir comissões nem reunião de líderes. Cinco projetos já estão de bom tamanho. Se é o mês das mulheres, vamos votar os projetos que estão prontos para ir a Plenário”. Foi nesse momento que Talíria Petrone ficou com os olhos cheios d’água. Outros líderes saíram em defesa de Motta.

 

A deputada federal e líder da federação PSOL-Rede na Câmara dos Deputados, Talíria Petrone (PSOL-RJ). — Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

A deputada federal e líder da federação PSOL-Rede na Câmara dos Deputados, Talíria Petrone (PSOL-RJ). — Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

Projetos de consenso

 

No ano passado, 18 propostas apresentadas pela bancada feminina foram colocadas em pauta no mês de março durante a gestão do então presidente Arthur Lira (PP-AL).

Apesar da crise, Hugo Motta decidiu pautar apenas os temas da bancada feminina no próximo dia 25 de março – mas com menos proposições do que o que foi proposto pelas deputadas.

No fim da reunião, líderes como Túlio Gadelha (Rede-PE), Lindbergh Farias (PT-RJ), Doutor Luizinho (PP-RJ) e Pedro Campos (PSB-PE) conversaram sobre a possibilidade de sugerir a Motta que se retratasse com Talíria. O presidente da Câmara tem cobrado que os parlamentares se respeitem nas sessões e sugerido que se desculpem em caso de excessos.

Procurado, o presidente Hugo Motta preferiu não se manifestar.

G1

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