Aluna nota mil na redação do Enem 2023 chegou a se assustar com tema: ‘exige que a gente lembre de muitos detalhes’

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Ela afirmou, inclusive, que se assustou quando viu o tema da prova, mas conseguiu desenvolver as ideias no texto. “É o sonho, eu acredito, de todo estudante, de todo vestibulando que presta o Enem porque é um texto que exige muita concentração, exige que a gente lembre de muitos detalhes do que a gente estudou; lembrar até de conteúdos culturais para enriquecer nosso texto”, avalia Karoline, natural de Ji-Paraná, em Rondônia.

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A jovem mora em Fortaleza há três anos. Ela se mudou para o Ceará por considerar o estado, “um grande celeiro educacional”. Após finalizar o ensino médio na capital cearense, ela conseguiu bolsa integral para estudar em cursinho pré-vestibular do colégio Ari de Sá.

“A gente vê que é um estado que tem se mostrado no cenário nacional como um lugar com excelentes profissionais, professores bem qualificados, colégios que têm se dedicado a prestar um serviço de acompanhamento integral para o aluno de pré-vestibular. Então, tudo isso colaborou para escolher o Ceará como minha casa acadêmica”, detalhou a estudante.

Karoline participa do Enem desde 2018. Naquele ano, ela fez a prova apenas como treineira. Desde então, foram seis participações no exame e uma rotina de estudos que envolveu muito leitura e assiduidade nas aulas. Ela, inclusive, passou perto de tirar a nota máxima duas vezes, com 960 em 2021 e 940 na edição de 2022.

“Fico feliz de ver que esse esforço e essa disciplina que eu consegui desenvolver geraram resultados”, comemora.

Em 2023, o tema da redação foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”.

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Mais de 2,7 milhões de candidatos fizeram o exame, entre eles, 1.181.081 estudantes de ensino médio. Em todo o Brasil, apenas 60 redações tiraram nota 1000, sendo apenas 4 de alunos da rede pública.

Karoline Soares conta que, quando abriu a prova e descobriu o tema da redação, a princípio, se assustou.

“Foi um tema muito cumprido, muito difícil de ler e destacar todas as palavras-chave, o que a gente precisava desenvolver. Quando a gente terminava de ler [o tema], a impressão era que não tinha entendido nada”, relembra.

Após o susto inicial, porém, a estudante desenvolveu o texto que lhe rendeu uma das quatro notas mil do Ceará.

“Eu sempre tive familiaridade com a área de linguagens e humanas. Eu acredito que essas três áreas, linguagens, humanas e redação, caminham junto porque a gente tem sempre de estar antenado no conteúdo cultural, até no desenrolar dos eixos políticos do país para que a gente tenha argumentos suficientes para citar no texto”, conta.

Segundo Karoline, durante a preparação para o Enem, ela tinha o hábito de escrever pelo menos uma redação toda semana para ir treinando e melhorando o texto.

“Eu nunca deixei de assistir às aulas. Eu sei que no final do ano, a gente vai ficando muito cansada, já tem uma carga emocional muito grande, mas nunca deixei de assistir às aulas e sempre praticar. Se existe algum segredo, é esse”, aconselha.

Agora, com a nota mil e o resultado das outras áreas do exame, Karoline vai tentar uma vaga em medicina na Universidade Federal do Ceará, embora não descarte a possibilidade de concorrer a instituições de ensino em outros estados. “Vai ser uma honra para mim conseguir cursar no Ceará”, conclui.

G1 CE