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Polícia investiga se advogado encontrado morto em Higienópolis foi vítima de intoxicação por metanol

Evando Moreira
Jornalista, fundador, editor, analista político.

Luiz Fernando Pacheco era sócio-fundador do Grupo Prerrogativas e conselheiro da OAB-SP. Ele escreveu em um grupo de whatsapp que ‘tomou metanol’. Ele foi visto na rua passando mal, com dificuldade para respirar antes de morrer.

Por Rodrigo Rodrigues, g1 SP

A Polícia Civil de São Paulo investiga se o advogado criminalista Luiz Fernando Pacheco, encontrado morto na madrugada de quarta-feira (1°), em Higienópolis, região central de São Paulo, foi vítima de intoxicação por metanol.

Pouco antes de morrer, ele escreveu em um grupo de amigos do Whatsapp que “tomou metanol”.

  • À 0h03 do dia 1º, ele enviou uma mensagem em um grupo de amigos, e depois apagou;
  • À 0h06, ele escreveu: “Desculpe os erros, tomei metanol”;
  • À 0h50, a polícia registrou como horário da ocorrência;
  • À 1h40, a polícia registrou como horário da morte.

Segundo o boletim de ocorrência, os policiais militares foram acionados pelo Copom para uma ocorrência na Rua Itambé, 143, Higienópolis. Lá, constatou-se que um homem estava sendo atendido pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu).

Uma pessoa que estava no local disse aos policiais militares que viu o homem passando mal, convulsionando e com dificuldade de respirar, e então acionou a PM e também o Samu. Ele estava sem documento e foi levado para a Santa Casa.

De acordo com pessoas próximas, ele foi a um bar de Higienópolis com três amigos comemorar a aprovação da isenção do Imposto de Renda. Os amigos teriam tomado cerveja, e ele uísque. Eles foram embora e, ao pegar um táxi, começou a passar mal. Os amigos estão bem.

Questionada, a Secretaria da Segurança Pública diz que investiga a morte e aguarda resultados dos laudos: “O caso é investigado e os resultados dos laudos, assim que concluídos, serão analisados pela autoridade policial para contribuir com o esclarecimento da morte”.

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O caso foi registrado como morte súbita pelo 78º Distrito Policial. A Secretaria da Saúde informou que ainda não recebeu notificação sobre esse caso.

Quem era Pacheco

Pacheco, de 51 anos, era sócio-fundador do Grupo Prerrogativas, coletivo de advogados progressistas que atua em São Paulo e outras capitais. O grupo foi fundado em 2014 e se destacou por defender do ex-deputado federal José Genoino (PT) durante o escândalo do mensalão.

Membros do Grupo Prerrogativas afirmaram estar muito abalados com a notícia e descreveram Pacheco como um profissional “solidário, generoso e extremamente inteligente”. O grupo também está prestando apoio à família.

“Com profundo pesar, o Grupo Prerrogativas lamenta o falecimento do advogado Dr. Luiz Fernando Pacheco, um de seus membros fundadores.

Além de integrar a fundação do Prerrô, Pacheco construiu uma carreira marcada pela dedicação e pela ética na defesa do Direito e das prerrogativas dos advogados, tendo atuado em importantes órgãos e instituições, como Conselheiro Estadual da OAB-SP e vice-presidente do Conselho Deliberativo do IDDD.

Neste momento difícil, prestamos nossos mais sinceros sentimentos à família e aos amigos, na certeza que ele segue vivendo no melhor de cada um de nós”, diz nota de pesar do grupo.

Ele deixou dois filhos, que moravam na Austrália e estão vindo ao Brasil.

Luiz Fernando Pacheco é sócio-fundador do Grupo Prerrogativas — Foto: Reprodução/OAB-SP

Luiz Fernando Pacheco é sócio-fundador do Grupo Prerrogativas — Foto: Reprodução/OAB-SP

Advogado Luiz Fernando Pacheco atuou no escândalo do mensalão — Foto: Reprodução/Prerrogativas

Advogado Luiz Fernando Pacheco atuou no escândalo do mensalão — Foto: Reprodução/Prerrogativas

Carreira na advocacia

Com mais de 30 anos de atuação, Pacheco era reconhecido por sua defesa das prerrogativas da advocacia e do direito de defesa. Ele iniciou a carreira em 1994, no escritório do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, onde se tornou sócio em 2000.

Em 2013, fundou o escritório Luiz Fernando Pacheco Advogados, especializado em direito penal.

“Perdemos um amigo ímpar e um guerreiro do bem. A Ordem está em luto e o melhor que faremos é seguir honrando a luta pelo direito de defesa e das prerrogativas da advocacia, causas que ele abraçou com paixão e ética”, afirmou o presidente da OAB-SP, Leonardo Sica.

Na OAB-SP, Pacheco iniciou sua atuação em 2015, como membro da Comissão de Direito Penal e Econômico. Em 2019, passou a integrar a Primeira Turma Julgadora do Conselho de Prerrogativas e se tornou conselheiro estadual. Entre 2021 e 2024, dedicou-se voluntariamente à área penal.

Na gestão de Patricia Vanzolini, em 2022, assumiu a presidência da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB-SP, colaborando para o fortalecimento da advocacia paulista.

Ele também atuava como vice-presidente do Conselho Deliberativo do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD) e integrou o Conselho Nacional Antidrogas da Presidência da República.

Luiz Fernando Pacheco com o presidente Lula — Foto: Arquivo pessoal

Luiz Fernando Pacheco com o presidente Lula — Foto: Arquivo pessoal

G1

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