Após selar passagem para Colômbia, governo Nicolás Maduro controla também entradas em Roraima. Justificativa é combater “máfias” que contrabandeiam moeda local para, segundo Caracas, desestabilizar economia venezuelana.Depois de anunciar o fechamento da fronteira com a Colômbia por 72 horas, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou também nesta terça-feira (13/12) o bloqueio da fronteira com o Brasil, na cidade de Pacaraima, norte do estado de Roraima, pelo mesmo período de tempo.
A determinação foi confirmada pelo cônsul-adjunto da Venezuela em Roraima, José Maritnez, ao portal de notícias G1.
De acordo com Martinez, a fronteira será reaberta às 0h da próxima quinta-feira (15/12). A medida, publicada em decreto oficial, foi justificada para enfrentar as “máfias” de contrabando da moeda venezuelana que operam nessa região.
A medida já tinha sido anunciada para a fronteira da Colômbia. “Apreendemos 64 milhões de bolívares que estavam sendo passados por caminhos e estradas, pelo que decidi fechar a fronteira com a Colômbia por 72 horas”, declarou Maduro nas estações de rádio e televisão estatais, nesta terça-feira.
No último domingo, o líder venezuelano anunciou o recolhimento das notas de 100 bolívares para fazer frente a estas supostas “máfias” que, segundo ele, estariam armazenando as notas para desestabilizar a economia do seu país.
O presidente afirmou que se trata de um ataque de máfias estrangeiras em conjunto com a oposição da Venezuela, “através de uma ONG contratada pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos”.
A medida para eliminar a nota surge no momento em que o Banco Central da Venezuela anuncia seis novas notas, de 20.000, 10.000, 5.000, 2.000, 1.000 e 500 bolívares, e mais três moedas, de 100, 50 e 10 bolívares, para se adaptar à galopante inflação que afeta o país.
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