Construída para impressionar os vistantes da Exposição Universal de 1889, que comemorou o centenário da revolução Francesa e aconteceu apartir de 6 de Março até 31 de Outubro, deveria ter sido um adendo de 20 anos em Paris.
Projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel, foi muito criticada pelos experts do século XIX. Edificação mais alta do mundo até 1931, quando foi erguido o Empire State Building em Nova York, a torre é hoje o símbolo de Paris. Com uma nova pintura (60 toneladas de tinta) a cada 7 anos e um belo show de luzes todas as noites, a Torre Eiffel nunca foi tão bonita.
O primeiro andar, a 57 metros de altura, pode ser alcançado de elevador ou por uma escada de 345 degraus. O restaurante 58 Tour Eiffel se encontra lá.
O segundo andar fica a 115 metros de altura. Está a 359 degraus do primeiro ou a alguns minutos de elevador. O restaurante Jules Verne é um dos melhores de Paris e com bela vista panorâmica.
O terceiro andar, 276 metros acima do solo, suporta 400 pessoas de cada vez. Em dias claros, consegue-se enxergar 72 kms, vendo-se inclusive a Catedral de Chartres.
Em 1901 Santos Dumont deu a volta na torre em um dirigível.
A TORRE EM NÚMEROS:
O topo (incluindo antena) tem 324 metros de altura e pode mover-se numa curva de 18 cm pelo efeito do calor.
Há 1665 degraus até o terceiro andar.
2 milhões e 500 mil rebites unem a estrutura.
Nunca balança mais do que 7 cm.
Pesa 10.100 toneladas.
Já recebeu em torno de 244 000 000 de visitantes. São 7 milhões por ano.
E pensar que os espanhóis a recusaram, mais especificamente os catalães, algo que poucos sabem, é que originalmente, a Torre Eiffel foi planejada para ser construída em Barcelona, na Espanha, mas o governo da cidade achou que era uma obra cara e sem finalidade, além da população ter achado a torre feia. Depois da recusa de Barcelona, Gustave recorreu à Paris, que aceitou o projeto apesar dos protestos de vários artistas e engenheiros famosos da época, como Émile Zola e Charles Garnier (construiu a famosa Ópera de Paris).
Uma outra grande curiosidade foi a venda da Torre. Um golpista, Victor Lustig e um cúmplice americano, Dan Collins, planejaram um dos mais sensacionais golpes da história da criminologia. Com identidades e documentos falsos, o 1° Ministro da França e o Presidente da República Gaston Doumergue autorizaram os dois comparsas a vender as 7 mil toneladas de ferro, por lance secreto, aos cinco maiores sucateiros da França.
Para dar mais credibilidade às negociações, alugaram uma suíte no majestoso hotel de Crillon e, após um discurso envolvente com os interessados, finalizaram a encenação levando todos em luxuosas limusines a uma visita técnica à torre pois um deles seria, em breve, o novo proprietário. Foram tão convincentes que, na hora da visita, até os empregados da torre acreditaram serem eles verdadeiros representantes do governo. Uns dias depois Lustig recebeu uma proposta de André Poisson. Vendo a ingenuidade deste homem, ainda teve audácia de pedir uma comissão extra para ajudá-lo a ganhar a concorrência (comum entre políticos já naquela época ). E foi a garantia que confirmou que estava tratando com uma pessoa séria. O pobre homem descobriu que tinha sido enganado ao buscar, na prefeitura, as planilhas de trabalhos para começar a operação de desmonte e recuperação do ferro da torre.
Após o golpe, Lustig e Collins se esconderam em Viena. Quando eles perceberam que a “venda” não tinha sido noticiada nos jornais, voltaram a Paris para tentar aplicar o mesmo golpe para o segundo interessado da lista. Este, menos ingênuo, os denunciou à policia. Lustig e Collins escaparam pegando o primeiro navio para os Estados Unidos.
Em 1935, após uma série de trapaças, Lustig foi preso em Nova York. Um dia antes do julgamento ele conseguiu fugir com uma corda de vários lençóis. Capturado alguns dias depois, foi condenado a 15 anos de reclusão na ilha de Alcatraz.
Ele morreu em 11 de março de 1947, de pneumonia.
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