Caminhadas, ato no Centro e ações de protesto de motoristas de ônibus marcaram a manifestação de centrais sindicais e movimentos sociais contra as reformas trabalhista e previdenciária na manhã desta sexta-feira (30) em Fortaleza. A concentração na Praça da Bandeira começou às 9h e o ato ocorreu na Praça do Ferreira entre meio-dia e 13 horas. Segundo a organização do evento, o ato reuniu 50 mil pessoas. A Polícia Militar não fez contagem de público. CUT, Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical e PSP-Conlutas organizaram o ato.
Comerciantes fecharam as portas de parte das lojas à medida que a manifestação se aproximava. De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana, Nestor Bezerra, a caminhada é pacífica e reúne mais de 600 pessoas. Não houve violência e segundo Nestor, o comerciantes fecharam as portas por precaução. A Polícia Militar do Ceará não divulga estimativa de público.
“Foi uma caminhada pacífica e reuniu muitas pessoas. Cerca de 600 pessoas participam da caminhada. Os comerciantes apoiaram nossas reivindicações e fecharam as portas por precaução e por segurança, somente”, disse Nestor.
De acordo com o empresário Kléber Dias que possui um empreendimento no Centro de Fortaleza afirmou ao G1 que as lojas estão abrindo no ritmo que a manifestação passa. Porém, há muitas ainda fechadas. ” Nesse momento as lojas que estão fechadas são as da Major Facundo, pois a manifestação está na praça do Ferreira. Algumas fecham e outras ficam com metade das portas abertas”, disse.
Ato contra ônibus
Mais cedo, o protesto provocou congestionamentos nas Avenidas 13 de Maio, da Universidade, Visconde do Rio Branco, Imperador e Domingos Olímpio em Fortaleza. Servidores do Sintro pararam cerca de 15 ônibus e secaram os pneus dos coletivos.
Passageiros que estavam dentro dos veículos foram obrigados a descer do transporte e seguir a viagem a pé. O movimento nos sete terminais da capital é considerado normal, segundo o Sintro. Segundo o assessor político do Sintro, Valdir Pereira, cerca de 350 pessoas participam do ato na Praça do Ferreira. Os manifestantes são contrários à Reforma Trabalhista e da Previdência, propostas pelo governo de Michel Temer.
Outros sindicatos participam do ato, como o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF). Segundo o STICCRMF houve concentração na Praça Portugal, no Bairro Aldeota, para decidir as ações que serão tomadas pela categoria. Trabalhadores de obras nos Bairros Aldeota, Papicu e Centro caminharam por ruas e avenidas da capital até a Praça Portugal. De ônibus os trabalhadores decidiram seguir para a Praça da Bandeira, no Centro.
A Central única dos Trabalhadores (CUT) também organiza ato. O protesto iniciou na Praça da Bandeira, no Centro. O CTB, Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, partidos de esquerda e vários outros sindicatos também estão no local.
Bancos
Os bancários cearenses decidiram aderir à greve geral desta sexta-feira (30), encaminhada pela Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, centrais sindicais e movimentos sociais contra os desmandos do governo golpista de Michel Temer. A concentração dos grevistas acontece a partir das 9h, na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza.
Representantes do Sindicato dos Bancários realizaram panfletagem durante a semana em diversas ruas. de esclarecer a população sobre os motivos da greve geral.
“Vamos mostrar nossa força e construirmos um movimento ainda maior do que o realizado no último dia 28 de abril, durante a primeira greve geral”, afirmou o presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará, Carlos Eduardo Bezerra.
G1