Prorrogada pelo Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe acontece até sexta-feira (9). Desde a última segunda-feira (5), a imunização foi ampliada para toda a população. A prorrogação da campanha nacional é um esforço do governo para alcançar a meta de vacinação que, neste ano, é de 90% do público-alvo.
Para que a população entenda melhor a vacinação contra a gripe, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) preparou uma série de perguntas e respostas que podem ajudar a esclarecer dúvidas importantes.
Vou ficar gripado (a) após me vacinar?
Não. A vacina contra a influenza (gripe) é inativada, contendo vírus mortos, fracionados ou em subunidades, não podendo, portanto, causar gripe. Quadros respiratórios simultâneos podem ocorrer sem relação causa-efeito com a vacina.
A vacina contra a gripe causa algum efeito colateral?
A vacina usada na campanha contra a gripe é segura e bem tolerada. Em alguns casos, podem ocorrer manifestações de dor no local da injeção ou endurecimento. Além disso, as pessoas que não tiveram contato anterior com os antígenos – substâncias que provocam a formação de anticorpos específicos – podem apresentar mal-estar, mialgia ou febre. Todas essas ocorrências tendem a desaparecer em 48 horas.
Resfriado comum e síndrome gripal são a mesma coisa?
Não, o resfriado comum é uma infecção viral de sintomas mais brandos que a gripe e pode durar de dois a quatro dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal, tosse e rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é baixa. Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores musculares e dor de cabeça.
A gripe é também uma infecção viral, que se caracteriza pelo surgimento de febre alta, cefaleia, dores no corpo, mal-estar, tosse seca, dor de garganta e coriza. Esse quadro pode perdurar por sete a 10 dias. A vacina contra gripe não imuniza contra resfriado.
Caso eu esteja gripado, é melhor esperar melhorar para me vacinar?
Sim. É importante melhorar da gripe antes de receber a vacinação para que, caso haja alguma complicação da gripe, esta não seja atribuída à vacinação. A vacinação deve ser adiada até o desaparecimento dos sintomas.
Quais as medidas de proteção para a população não vacinada?
Para se prevenir, as pessoas devem ser orientadas a tomar alguns cuidados de higiene como: lavar bem, e com frequência, as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal; e, ainda, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar.
Por que em alguns casos eu me vacino e fico gripado em seguida? Ou, se eu me vacinar e ficar gripado, significa que a vacina não foi eficiente ou que o vírus da vacina me pegou?
Trata-se de uma vacina inativada (morta), incapaz de gerar a doença. As pessoas que ficam gripadas após tomar a vacina, provavelmente adquiriram outras doenças respiratórias ou já tinham o vírus e a vacina não teve tempo suficiente de fazer seu efeito.
É necessário se vacinar todos os anos?
Sim. Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde define qual deve ser a composição da vacina no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul. Eles fazem essa recomendação com base nas cepas de influenza que circularam nos anos anteriores. E mesmo que os vírus sejam os mesmos, a imunidade pela vacina se mantém por um período estimado de 12 meses.
Quem é o público-alvo da campanha?
Nesta campanha, além de indivíduos com 60 anos ou mais de idade, serão vacinadas as crianças na faixa etária de 6 meses a menores de 5 anos de idade (4 anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
Também serão incluídos para a vacinação os professores das escolas públicas e privadas. O público-alvo, portanto, representará aproximadamente 60 milhões de pessoas. A meta é vacinar, pelo menos, 90% dos grupos elegíveis para a vacinação. Os grupos prioritários são recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e fazem parte da estratégia do Ministério da Saúde.
Por que a população prisional (pessoas privadas de liberdade) está entre os grupos prioritários?
Este é um grupo vulnerável que ao contrair a gripe pode desenvolver complicações e evoluir para o óbito. Principalmente quando consideramos as condições de habitação e confinamento a que são submetidos.
Protegendo a população privadas de liberdade, protege-se também as pessoas que estão em contato com este grupo.
Fonte: Ministério da Saúde