O presidente Michel Temer (PMDB) articula a manutenção do deputado federal Rodrigo Maia (DEM) à frente da Câmara Federal e a eleição do senador Eunício Oliveira (PMDB) à presidência do Senado.
No caso de Eunício, o acerto já vem de longa data. Em 2015 o cearense já era cotado para suceder Renan Calheiros (PMDB), mas acabou ficando com liderança do partido na Casa. Desta vez, o PMDB articula consenso em torno de Eunício, quer lançá-lo como candidato único.
Na Câmara, Temer deve enfrentar maior dificuldade. Deputados do Centrão, enfraquecido após a cassação do fundador, Eduardo Cunha, pressionam para que o Palácio do Planalto não influencie na escolha do presidente da Casa.
O Centrão, que reúne parlamentares sobretudo do PSD, PP, PR e PTB, chegou a tornar inviável a indicação do deputado tucano Antonio Imbassahy à Secretaria de Governo, cargo vago após a renúncia do ex-ministro Geddel Vieira.
O grupo político entendeu que a indicação de Imbassahy refletiria na disputa pela presidência da Câmara e ameaçou atrapalhar a votação da reforma da previdência caso a indicação fosse confirmada. O Planalto recuou.