O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) viu-se obrigado a recusar o Ministério da Transparência para manter o emprego de seus cabos eleitorais.
Quando Serraglio assumiu, primeiro, como ministro da Justiça, o suplente Rocha Loures (PMDB-PR) havia mantido parte dos funcionários lotados no gabinete.
Mas Rocha Loures foi apontado pela Lava Jato como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos do grupo J&F com o governo. O presidente nega.
Com a suspensão do mandato do “deputado da mala”, a administração da Câmara seria obrigada a demitir os funcionários do gabinete, que em geral também servem como cabos eleitorais.
Serraglio recusou o convite de Temer para comandar CGU. Reassumiu, nesta 5ª feira (1º.jun), o mandato de deputado. Consequentemente, manteve seus funcionários/cabos eleitorais no cargo.
Em compensação, retirou a cadeira na Câmara e o foro privilegiado de Rocha Loures. Na noite do mesmo dia, o procurador-geral da república, Rodrigo Janot, voltou a pedir prisão do pivô do FriboiGate.
A batata quente agora está nas mãos do presidente Michel Temer. O temor é que o ex-assessor especial da Presidência resolva se inscrever no programa de delação premiada.
Poder 360