O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (30) o reajuste salarial para diversas carreiras, entre elas, a das polícias federal e rodoviária federal. Apesar de estar previsto no Orçamento de 2017, alguns parlamentares da base de apoio ao governo criticaram o aumento.
A relatora do projeto, senadora Ana Amélia (PP–RS), negou contradições do Senado em votar o reajuste salarial para esses servidores um dia após a aprovação, em primeiro turno, da proposta que limita à variação da inflação o aumento dos gastos públicos pelo prazo de 20 anos.
Além dos policiais, receberão os reajustes as carreiras de Perito Federal Agrário; de Desenvolvimento de Políticas Sociais; e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Para essas três carreiras, o texto permite que servidores possam optar pela incorporação de gratificações de desempenho aos proventos de aposentadoria ou de pensão. O requisito para isso é que tenham recebido a gratificação por pelo menos 60 meses antes da aposentadoria.
Os reajustes, serão pagos em três parcelas até 2019. Defensores do texto argumentam que é uma reposição, já que os policiais federais têm perdas relacionadas à inflação acumuladas desde 2007. Em 2017, eles receberão cerca de 23% do aumento.
No caso de delegados e peritos da Polícia Federal, o salário no topo da carreira, que hoje é de R$ 22.805,00 passará a ser de R$ 30.936,91. Para o policial rodoviário federal, a remuneração, que hoje é de R$ 12.206,09 no final da carreira, chegará a R$ 16.552,34 em 2019. O Projeto de Lei com os reajustes foi assinado em junho.
De acordo com o governo, o custo da recomposição remuneratória das carreiras terá impacto de mais de R$ 2 bilhões em 2017, mais de R$ 500 milhões em 2018 e mais de R$ 500 milhões em 2019.
Com informações da Agência Câmara