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PF realiza 2 operações contra desvios em fundos de aposentadoria

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Por G1

PF prende suspeitos de fraudar fundos de pensão Postalis e Serpros

PF prende suspeitos de fraudar fundos de pensão Postalis e Serpros

Fraudes em fundos de pensão são alvo de duas operações que a Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (12) em sete estados e no Distrito Federal.

A Operação Rizoma é um desdobramento da Lava Jato e investiga parceiros do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral; já a Operação Encilhamento apura desvios em 28 fundos de servidores de prefeituras.

Operação investiga fraudes em fundos de pensões em 28 prefeituras

Operação investiga fraudes em fundos de pensões em 28 prefeituras

O empresário Arthur Machado é investigado nas duas frentes. Ele foi preso em São Paulo.

Fundos de pensão são uma opção de investimento para possibilitar uma aposentadoria complementar ao trabalhador. São oferecidos por empresas públicas e privadas aos empregados e também por associações. O Ministério Público investiga desvios desses fundos.

Operação Rizoma

Investigações da Operação Rizoma começaram em outubro de 2017

Investigações da Operação Rizoma começaram em outubro de 2017

  • Cumpre mandados de prisão preventiva no Rio, em São Paulo e em Brasília. Dos 10 mandados expedidos, 7 já tinham sido cumpridos até as 18h, segundo a Polícia Federal
  • É desdobramento da Lava Jato no Rio
  • Segundo o Ministério Público Federal, os suspeitos fazem parte do esquema criminoso chefiado pelo ex-governador Sérgio Cabral
  • Foram fraudados fundos como o Postalis, dos Correios, e Serpros, da empresa pública Serpro, de tecnologia da informação
  • O MPF estima que o esquema gerou R$ 20 milhões em propina
  • A PF investiga os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e corrupção através de fraudes que geraram prejuízos aos fundos de pensão
  • Um dos alvos é o empresário Arthur Pinheiro Machado, que já foi dono de corretora e tem mais de 100 empresas ligadas ao CPF dele. Ele foi preso em São Paulo
  • Também foi preso o economista Marcelo Borges Sereno, ligado ao PT há muitos anos. Ele foi assessor especial da Casa Civil durante o governo Lula, na época em que José Dirceu era ministro da Casa Civil
  • A defesa de Milton Lyra, apontado como operador do MDB no Senado, informou que ele se apresentou “voluntariamente” à PF no Rio no início da noite desta quinta
  • A PF cumpriu um total de 21 mandados e busca e apreensão. Na casa de um dos operadores financeiros investigados foram apreendidos mais de R$ 400 mil em dinheiro

Operação Rizoma indica que aportes entre fundos não eram feitos diretamente (Foto: Infografia: Claudia Ferreira/G1) Operação Rizoma indica que aportes entre fundos não eram feitos diretamente (Foto: Infografia: Claudia Ferreira/G1)

Operação Rizoma indica que aportes entre fundos não eram feitos diretamente (Foto: Infografia: Claudia Ferreira/G1)

A defesa de Arthur Pinheiro Machado e de Patricia Iriarte refuta, de forma veemente, qualquer relação entre os empresários e atos ilícitos. Informa que ambos sempre agiram no mais absoluto respeito à legislação e que não compactuam com práticas ilegais.

Os advogados de Milton Lyra informam que “o empresário jamais participou de transações envolvendo o fundo Postalis”. Ainda segundo os advogados, “quando passou a integrar o conselho de administração da empresa ATG, o fundo já havia decidido aportar recursos e transferido grande parte do investimento”.

A defesa afirma, ainda, que “Lyra confia que, ao analisar com serenidade as provas e os relatos, o Judiciário concluirá que a sua atuação empresarial em nada se relaciona às práticas investigadas”.

Alvos de prisão preventiva na Operação Rizoma (Foto: Infografia: G1 Rio) Alvos de prisão preventiva na Operação Rizoma (Foto: Infografia: G1 Rio)

Alvos de prisão preventiva na Operação Rizoma (Foto: Infografia: G1 Rio)

Operação Encilhamento

Operação Encilhamento investiga fraudes em fundos de pensão de 25 prefeituras em 7 estados

Operação Encilhamento investiga fraudes em fundos de pensão de 25 prefeituras em 7 estados

A defesa de Gilmar Machado diz que ele está tranquilo “porque não possui qualquer envolvimento com atos ilícitos praticados por terceiros” e que tem a convicção de que é uma perseguição política.

Os advogados de Meire Poza informam que ela “não tem qualquer relação com os fatos investigados”. “Essa situação ficará esclarecida no curso do inquérito policial, inclusive em seu depoimento já agendado para amanhã.”

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