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PF faz operação contra fraudes em empréstimos do BNDES

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A Polícia Federal (PF)  faz nesta sexta-feira (12) uma operação para investigar fraudes e irregularidades em aportes concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Operação Bullish busca cumprir 37 mandados de condução coercitiva, sendo 30 no Rio e sete em São Paulo, e 20 mandados de busca e apreensão, sendo 14 no Rio e seis em São Paulo.

Segundo a Polícia Federal, a subsidiária BNDESPar, braço do banco voltado para a participação acionária em outras empresas, fez aportes de R$ 8,1 bilhões para aquisição de empresas, entre as quais estão frigoríficos, a partir de junho de 2007.

Estão sendo realizadas buscas na casa Joesley Batista, presidente do conselho de administração da JBS, e na casa do Luciano Coutinho, ex-presidente BNDES. O banco beneficiava o grupo em juros e agilidade nos empréstimos. Fez isso, por exemplo, para a compra do frigorífico Bertin.

Operação busca cumprir 37 mandados de condução coercitiva
Operação busca cumprir 37 mandados de condução coercitiva

Joesley e Luciano Coutinho são alvos de mandado de condução coercitiva, mas ambos estão fora do país. A BNDESPar, braço de participações do banco, é dona de 21,32% da JBS.

A investigação da PF verificou que, depois de contratar uma empresa de consultoria ligada a um parlamentar à época, os desembolsos da BNDESPar ocorreram de forma muito rápida. Além disso, de acordo com a PF, as transações foram feitas sem as garantias e sem a exigência de prêmio contratualmente previsto. Isso teria gerado prejuízos de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

Além dos mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão, a Justiça decretou a indisponibilidade de bens de pessoas físicas e jurídicas suspeitas de participar direta ou indiretamente da composição acionária do grupo empresarial investigado.

Os controladores do grupo também estão proibidos, ainda em razão da decisão judicial, de promover qualquer alteração societária na empresa investigada e de se ausentar do país sem autorização judicial prévia. A Polícia Federal monitora cinco dos investigados que se encontram em viagem ao exterior.

Com Agência Brasil

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