Segundo Francisco, essa sua viagem para rezar juntos é uma “nova oportunidade de seguir por um percurso comum”. “Não podemos renunciar e manter a divisão e a distância que a separação produziu entre nós”, ressaltou.
O Papa elogiou a postura de Martinho Lutero na questão da fé e disse que “a experiência espiritual de Lutero nos desafia e nos lembra que não podemos fazer nada sem Deus”, lembrando que o fundador da religião protestante sempre fazia a pergunta: “como posso ter um Deus misericordioso?” “Essa pergunta constantemente atormentava Lutero e é a questão do justo relacionamento com Deus que é a questão decisiva da vida”, disse ainda. Sobre a Reforma, Papa Francisco também reconheceu com “gratidão” que a “Reforma contribuiu para dar maior centralidade às Sagradas Escrituras na vida da Igreja”.
Essa é a primeira vez que um líder da Igreja Católica participa das celebrações de aniversário da Reforma Protestante. O Papa foi à Suécia a convite da Federação Luterana Mundial (LWF), com a qual dividirá as cerimônias ecumênicas durante todo o dia de hoje.
Sobre essa aproximação entre católicos e luteranos, iniciada há 50 anos, o sucessor de Bento XVI afirmou que ela deu “passos importantes” nas últimas décadas “por ouvir o pedido comum da Palavra de Deus”.
Agência Brasil