
‘Sempre tive autoestima boa, mas não me achava sensual… Eu andava com pessoas que me botavam pra baixo e, quando me libertei delas, resolvi raspar a cabeça, pintar de rosa, mudar meu look. Aí falei: ‘Nossa, como eu sou linda!’”. Esta é Karol Conka, nova apresentadora do “Superbonita”, que estreia segunda-feira, às 21h, no GNT, às vésperas do Dia Internacional da Mulher. Data mais apropriada impossível para um dos maiores símbolos de empoderamento feminino do país.
É fato que essa curitibana “bagunçou a divisão e causou tombamento” país afora com suas letras repletas de atitude e estilo inconfundível, mas, vaidosa que só, Karol também tem seus momentos “mulherzinha” e revela alguns truques.
— Passo produto para equilibrar o óleo da pele, uso hidratante, água termal e protetor solar — enumera a rapper, que dá risada ao relembrar seu maior mico de beleza: — Quando eu tinha 18 anos, passei cera quente no buço quatro vezes seguidas. Ficou em carne viva e eu tinha um encontro. Fui com um bigode de ferida. Acho que essa foi a pior cagada que eu já fiz na vida.
Requisitada na publicidade, hoje, ela é o rosto de uma grande marca de cosméticos, que no passado ignorava a consumidora negra. E a cantora sentiu isso na pele:
— Eu tinha dificuldade de encontrar produtos de beleza. Quando eu abria o catálogo e comprava o que estava no rosto da modelo, não ficava legal porque eu esquecia que era negra e que a menina tinha o tom da pele mais claro do que meu. Mas ainda bem que a indústria está abrindo os olhos. Sabe que tem gente que vai comprar e que tem um povo com voz ativa para cobrar.
Substituir Ivete Sangalo não é para qualquer uma. Mesmo ciente disso, Karol não tremeu na base e encarou a missão de frente.
— Agora o programa tem um lance comportamental, não fala só de estética, mas da beleza de dentro para fora — explica Karol, cujo sonho é trocar uma ideia com Oprah Winfrey.