Ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nas gestões de Lula e Dilma, Antonio Palocci segue a todo vapor com seu acordo de delação premiada. A colaboração do petista já teria 12 anexos, de acordo com informações publicadas no jornal Correio Braziliense.
A delação de Palocci será relevante aos investigadores da Lava Jato porque incluirá vários setores da economia que estiveram, até agora, fora da operação: bancos, usinas de álcool, mídia e montadoras. O petista também tem apresentado informações que podem comprometer Lula, o ex-ministro José Eduardo Cardozo e principalmente o banco BTG Pactual, segundo a publicação.
O Poder360 apurou que Palocci deve implicar também 1 grande banco nacional de varejo em seus depoimentos.
De acordo com o que o Poder360 apurou, Palocci considera detalhar também em sua delação a relação de proximidade que manteve com vários veículos de mídia durante os períodos em que esteve nos governo de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.
Durante o 1º mandato de Lula, houve muito contato entre Palocci e o Grupo Globo. O BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) aumentou sua capitalização na Globocabo de 4% para mais de 20%. Isso ajudou a recuperar a empresa, que depois foi vendida para o mexicano Carlos Slim.
Palocci foi preso preventivamente em 26 de setembro de 2016, na 35ª fase da operação Lava Jato. No mês passado, o ministro Edson Fachin negou 1 pedido de liberdade apresentado pela defesa do petista. O petista recorreu. O caso ainda aguarda na 2ª Turma do STF, que decidirá se o habeas corpus será julgado na própria Turma ou pelo plenário do Tribunal.
Poder 360