Grupos de manifestantes se reúnem na manhã deste domingo (26) na Avenida Paulista, região central de São Paulo, para apoiar a operação Lava Jato e para pedir, entre outras coisas, o fim do foro privilegiado. O protesto foi convocado pelas redes sociais na internet, principalmente pelo Facebook e WhatsApp.
Os grupos levaram seis caminhões, que estão posicionados entre a Rua Joaquim Eugênio de Lima até a Alameda Casa Branca. A concentração começou às 14h. Às 16h15, os manifestantes se espalhavam por quatro quarteirões desde a frente do Masp até a Alameda Joaquim Eugênio de Lima, mas com grandes espaços vazios onde não havia carros de som. O protesto terminou às 18h.
Também houve protestos em outras cidades do país.
A Polícia Militar (PM), responsável por fazer a segurança na Avenida Paulista, não divulgou o número de público. Segundo o Movimento Brasil Livre, um dos organizadores do evento, o ato teve a participação de 50 mil pessoas.
Fechada pela Prefeitura de São Paulo aos domingos para o lazer, a Avenida Paulista voltou a ser palco para grupos que, no ano passado, haviam pedido o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Os grupos que estão concentrados na Avenida Paulista são de diversas correntes, que vão das que querem, por exemplo, o fim do desarmamento até a intervenção militar. As pautas comuns entre eles são o apoio à Lava Jato, que é feita pela Polícia Federal (PF), o fim do foro privilegiado e o repúdio a proposta de lista fechada nas eleições.
Participam do protesto o Movimento Brasil Livre (MBL), Vem Pra Rua, Nas Ruas, Movimento Liberal Acorda Brasil. A maioria dos manifestantes usava camisetas e bandeiras do Brasil.
Máscaras com as imagens do juiz federal Sérgio Moro, do procurador Deltan Dallagnol e do ex-presidente Lula como vampiro foram distribuídas aos manifestantes. Uma faixa gigante pedindo o fim do foro privilegiado foi estendida na frente do Masp. O bonexo pixuleco, com a imagem de Lula, também foi inflado pelos manifestantes.