Manifestantes espalharam tinta vermelha em um das entradas do Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira (24). Por volta das 12h30, cerca de 30 pessoas arremessaram bexigas cheias da substância na área externa do edifício.
O grupo levantou cartazes que simbolizavam a Constituição Federal, a Carteira Nacional de Trabalho e a Petrobrás. Os papelões foram deixados no chão da área externa do Salão Branco, por onde os ministros passam para ir às sessões.
Em nota, a Secretaria de Segurança do STF disse que já adotou as providências para apurar os atos. “Imagens e informações dos envolvidos, bem como números de placas de veículos foram coletadas pela segurança do Tribunal e contribuirão para as investigações”, diz o tribunal.
Durante o ato, que durou cerca de 5 minutos, os manifestantes gritaram “Lula livre”. Segundo o único segurança que estava no local, o ato teria sido organizado por um grupo de teatro – “aparentemente”, o mesmo que fez uma intervenção vestidos de palhaço na última sexta (20).
O funcionário ficou com uma marca de mão na camisa e disse à reportagem que não conseguiu identificar os manifestantes, porque a ação foi muito rápida.
Logo após espalharem a tinta e os cartezes, o grupo entrou nas vans e saiu. Por volta das 14h40, funcionários do STF terminavam de encerar o chão.
Associação repudia
Em nota emitida no fim da tarde, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) disse “repudiar os atos de vandalismo” na sede do STF.
O comunicado fala em “riscos que a democracia tem corrido”, e diz que a AMB atua para denunciar “a intenção escusa dos ataques frequentes ao Poder Judiciário, na clara tentativa de constranger a Justiça”.
“A AMB reafirma a defesa da do Estado Democrático de Direito e entende que atos dessa natureza não podem permanecer impunes”, diz o texto assinado pelo presidente da AMB, Jayme de Oliveira.
Lula preso
O ex-presidente Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, cumprindo pena pela sentença no caso do triplex do Guarujá. Ele foi condenado em segunda instância no dia 24 de janeiro.
Na ocasião, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região aumentou a pena para 12 anos e 1 mês de prisão – pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro – com início em regime fechado.
G1