O túnel Veneza, maior equipamento do Cinturão das Águas teve construção concluída na manhã deste sábado (10). Localizado em Missão Velha, na região do Cariri, o túnel tem 2.322, 36 metros de comprimento. O Cinturão das Águas é uma das obras mais importantes para garantir o abastecimento de água no Cariri e para tornar mais eficiente a condução das vazões para a Região Metropolitana de Fortaleza.
A finalização do túnel contou com a presença do governador Camilo Santana, que acendeu o dispositivo para implodir a divisória entre os dois trechos do equipamento. Durante a solenidade houve o encontro das duas frentes de trabalho que vinham escavando em lados opostos. Com o fim dessa etapa, chega a 53 quilômetros o de obras do Cinturão das Águas concluídos. A estrutura permitirá que as águas do Rio São Francisco entrem no Ceará, por meio do Riacho Seco, sendo direcionadas ao Açude Castanhão. Esta é mais uma etapa do lote 5 do Cinturão das Águas, que conta ainda com outros oito túneis e canais.
De acordo com o governador Camilo Santana, a intenção é que todos os túneis sejam entregues até o meio de 2018. O investimento mensal da obra gira em torno de R$20 milhões e R$30 milhões, com repasses da União. “A partir do ano passado conseguimos retomar as obras, priorizando por trecho, começando por onde vai recebe a água, na barragem de Jati que vai até Nova Olinda. O primeiro lote vamos concluir ainda este ano, já estamos trabalhando no segundo e no terceiro”, comenta o gestor.
O Secretário de Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, também colocou a importância da obra como garantia da segurança hídrica, ressaltando a necessidade de manter estruturas de grande porte para a convivência com a seca. Ele ressaltou que há expectativas para que a União resolva nos próximos dias os impasses jurídicos para que as obras de transposição do Rio São Francisco sejam continuadas. “Infelizmente a chuva caiu de forma irregular, mais na região Centro-Norte e menos para o Sul do Ceará. Os maiores açudes, Orós, Castanhão, Banabuiú, não tiveram recarga significativa. O sistema metropolitana aumentou de 14% para 49%, garantindo o abastecimento até o segundo semestre de 2018 na Região Metropolitana. Mas a situação é crítica ainda”, coloca.
G1