O presidente da Argentina, Mauricio Macri, enfrenta nesta quinta-feira (6) a primeira greve geral no país desde que assumiu o poder. A paralisação, iniciada à meia-noite desta quinta e que deve durar 24 horas, foi convocada pelas duas maiores centrais sindicais argentinas e pelos professores da rede estadual, com adesão de diversas outras organizações. Os trabalhadores argentinos reclamam do modelo econômico neoliberal de Macri.
Em dois dos principais aeroportos do país, o Ezeiza e o Aeroparque, a companhia aera Aerolíneas Argentinas cancelou seus voos nacionais e internacionais devido à greve.
Os trabalhadores dos sindicatos CTA (Central dos Trabalhadores da Argentina) e CGT (Confederação Geral do Trabalho) convocaram a paralisação porque querem a implantação de medidas eficientes para reduzir a inflação e a fixação do reajuste de salários de deversas categorias de acordo com este índice.
Os argentinos também protestam contra a pobreza, cuja porcentagem passou para 32% desde que Macri assumiu a Presidência, e contra o desemprego, que desde o resultado nas últimas eleições aumentou dois pontos percentuais.
Poucos ônibus circulam nas ruas das principais cidades na nação latina e outros meios de transporte público reduziram diminuíram o fluxo. Em cidades como Buenos Aires, o tráfego de caminhões que fazem trajetos pelos principais setores portuários ficou bem menor e as ruas ficaram lotadas de carros e táxis, gerando um grande caos no trânsito.
O governo da província de Buenos Aires decretou que os pedágios e os estacionamentos públicos serão gratuitos nesta quinta, para tentar incentivar que os trabalhadores compareçam aos seus empregos com seus veículos.
Da agência Ansa Brasil