O senador Jorge Viana já participa ativamente da articulação para devolver a presidência do Senado a Renan Calheiros. Petista vai assumir o cargo após as 11h, quando o peemedebista será notificado sobre a liminar do Supremo, que o afastou por ser réu. Pelo perfil conciliador e próximo de Renan Calheiros, o senador do PT dificilmente romperia um acordo de líderes.
A votação da PEC do teto na próxima terça-feira estava acertada. Dificilmente a maioria do Senado aceitará um adiamento, até porque houve 61 votos a favor da PEC no primeiro turno.
A decisão de Marco Aurélio Mello, liminar e monocrática, foi mal recebida em setores do Congresso, tanto na Câmara como no Senado. No afastamento de Eduardo Cunha, houve liminar do ministro Teori Zavascki, mas imediatamente submetida ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Ontem, um ministro do STF derrubou um chefe de poder.
O Congresso está acuado pela opinião pública e pela Lava-jato, mas há um sentimento crescente de reação a decisões do Judiciário e do Ministério Público em relação a deputados e senadores.
De certa forma, acirra-se um clima de guerra política entre poderes que não ajuda o país a sair da crise e a discutir temas importantes, como a reforma da Previdência, que deve ter uns bodes na sala para ser negociada no Congresso.
CBN/Kennedy Alencar