A inflação oficial no Brasil fechou o mês de novembro em 0,18%, o representa uma desaceleração em relação a outubro, quando a alta dos preços havia sido de 0,26%. Este é o menor índice para os meses de novembro desde 1998, quando registrou queda de 0,12%.
Em novembro do ano passado, a inflação havia sido de 1,01%.
Os dados são do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e foram divulgados nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta dos preços acumulada no ano é de 5,97%, bem abaixo dos 9,62% de igual período do ano anterior. Em 12 meses, a inflação é de 6,99%.
Alimentos têm queda
- a cebola (+6,09%)
- a farinha de mandioca (+4,26%),
- e o pescado (+3,47%).
O grupo de artigos de residência também teve queda de preços (-0,16%), influenciada, principalmente, pelos itens eletrodomésticos (-0,92%) e aparelhos de TV, som e informática (-0,92%).
Plano de saúde pesa
Já os preços de saúde e cuidados pessoais pesaram no bolso no mês passado, com alta de 0,57%. Os destaques foram os aumentos no plano de saúde (1,07%) e no grupo despesas pessoais (0,47%).
Inflação e juros
A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos. A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.
Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.
Porém, a taxa de juros já está alta e aumentá-la ainda mais poderia comprometer a retomada do crescimento da economia. Atualmente os juros estão em 13,75% ao ano.
Perspectivas
A projeção para a inflação no final de 2016 está em 6,69%, segundo o último Boletim Focus, com as expectativas de economistas consultados pelo Banco Central.
Para os próximos 12 meses, a projeção de inflação é de 4,89%. Para 2017, os analistas veem alta de preços de 4,93%.