Ao todo foram 22 pessoas foram presas acusadas de fraude no concurso público para agente penitenciário no Estado do Ceará. Dois policiais militares e um Guarda Municipal foram presos acusados de comandar um dos esquemas, que beneficiaria três candidatos. Os acusados ainda planejavam fraudar a prova para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE).
O policial militar Glaudemir Ribeiro do Nascimento (35), era chamado de “Piloto”. Ele estudava, fazia a prova e passava o gabarito para o policial Albanir Almeida Vasconcelos, que fazia a prova com o guarda municipal Aurélio Morais da Silva, responsável por repassar as respostas aos candidatos.
As respostas eram repassadas através de escutas. Transmissores disfarçados de cartões de crédito eram usados para receber as ligações e transferir automaticamente para os pontos eletrônicos. Os candidatos pagaram até R$ 5 mil adiantados e pagariam cerca de R$ 35 mil após a aprovação.
A Polícia Civil acredita que o PM Glaudemir Ribeiro do Nascimento já atuava em fraudes a concursos há pelo menos 10 anos. Além do processo criminal, ele também passará por um processo administrativo que pode causar até a sua expulsão da corporação.
Entre os presos, seis participavam deste esquema. Outros 16 também tentaram fraudar o certame e foram detidos.
A operação “Boa Fé” acontece há um mês, aproximadamente, através da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco).
cnes