O Governo do Estado irá ao Teerã, capital do Irã, no dia 14 de janeiro, para apresentar as potencialidades do Ceará, principalmente ao que a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) oferece de infraestrutura. Como o País se tornou um grande investidor mundial na área de petróleo, a intenção é fazer com que haja investimento iraniano na cadeia produtiva da refinaria chinesa que se pleiteia para o Ceará.
“Eles estão decididos a fazer grandes projetos, principalmente na área de refino e petroquímico”, explica Antonio Balhmann, assessor para Assuntos Internacionais do Governo. O investimento seria realizado pela estatal National Iranian Oil Company.
“Já estamos enviando informações para eles antes para conversarmos sobre o projeto da refinaria do Ceará”, acrescenta.
Do Teerã, já está programada volta à China. Isso porque Governo e a chinesa Guangdong Zhenrong Energy tratarão sobre a implantação da refinaria na ZPE. Com a empresa, o Estado já assinou memorando de entendimento para a implantação do empreendimento, que tem investimento previsto em US$ 4 bilhões, com financiamento chinês.
“Ela (Guangdong Zhenron) ficará dentro de uma free zone (zona de livre comércio) e vai ter ampla liberdade para comprar petróleo e vender para onde quiser, inclusive para o mercado interno”, diz Balhmann. Ele acrescenta que se não houver nenhum empecilho no ano que vem, há condições da construção da refinaria iniciar em 2018.
Hoje, as empresas instaladas na ZPE são obrigadas a exportar 80% de sua produção. Apenas 20% são para mercado interno. Porém, há projeto no Congresso, para ampliar esse percentual para 40%. “Eu sou o relator da matéria, que agora está na CCJ (Comissão de Cidadania e Justiça)”. (Beatriz Cavalcante)
Fonte: O Povo