O governador Camilo Santana assinou, na manhã deste domingo (4), a regulamentação de 1,5 mil hectares do Parque do Cocó, em Fortaleza. Com o regulamento, o território passa a ser considerado como Unidade de Conservação de Proteção Integral segundo o Sistema Nacional (Snuc), indicando que o parque deve ser de posse e domínio público.
“O Cocó é sete vezes maior que o Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e cinco vezes maior que o Central Park, em Nova York. O Estado vai investir – através de compensações ambientais – R$ 50 milhões para que se possa garantir a infraestrutura necessária. Vamos lançar um concurso internacional de ideias para que o Cocó possa vir a ser uma grande referência turística da cidade de Fortaleza”, disse o governador.
A medida prevê o controle e a preservação do que é considerado o pulmão verde de Fortaleza e dá maior embasamento à atuação da gestão ambiental, policial e de fiscalização e monitoramento da área.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Artur Bruno, grupos especializados no tema se reuniram nos dois últimos anos para acelerar o processo de regulamentação do espaço, que atravessou governos e décadas.
Em entrevista ao G1 em maio, o secretário havia afirmado que o parque receberá melhorias na infraestrutura, e as 660 moradias irregulares serão retiradas do local, em acordo com as famílias residentes.
“Após os estudos, foram incluídos no projeto, por exemplo, áreas como a Barragem do Cocó e outras áreas nas margens do rio. O governador entendeu que é importante incluir bairros mais populares (no entorno da Unidade de Conservação)”, pontuou Artur Bruno.
Ainda segundo o titular da Sema, com o decreto, os laços afetivos da população com a Capital vão se estreitar. “A criação do Parque do Cocó é uma luta que tem 40 anos. É uma conquista da sociedade. Queremos criar um sentimento de pertencimento, de amor ao parque, para que a população possa preservar junto com o governo esse belo equipamento daqui para frente”, enfatizou.
G1