As exportações cearenses registraram, de janeiro a julho de 2017, valor recorde para o período, atingindo o montante de US$ 1,13 bilhão, o que representa crescimento de 101,8% em relação a igual período de 2016. Com esse desempenho nos sete primeiros meses deste ano, aumentou para 0,9% a participação das exportações cearenses no total nacional, superando a participação registrada em 2016, de 0,7%. É o que revela o Enfoque Econômico nº 152/julho 2017 – Comércio Exterior Cearense, trabalho publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), orgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará.
Já as importações registraram o valor de US$ 1,32 bilhão, apresentando queda de 51,42% no acumulado de janeiro a julho de 2017, comparado ao mesmo período de 2016, o que se explica pela redução expressiva das compras externas de máquinas e equipamentos para a implantação de empresa siderúrgica no Estado. De acordo com o professor Flávio Ataliba, diretor Geral do Instituto, o valor das importações encontra-se dentro da média, uma vez que 2016 foi um ano atípico para as importações cearenses. “Assim, as importações no ano de 2017 apresentaram um comportamento esperado”, frisa.
Ana Cristina Lima Maia, assessora técnica do Ipece e responsável pela elaboração do documento, afirma que, com a expansão das exportações, juntamente com a queda significativa das importações, o déficit da balança comercial cearense em 2017 caiu para US$ 189,2 milhões, bem abaixo do registrado no mesmo período de 2016 (US$ 2,152 bilhões). A corrente de comércio exterior (a soma dos valores exportados e importados) do Ceará, no acumulado de janeiro a julho de 2017, alcançou o valor de US$ 2,44 bilhões, tendo registrado queda de 25,2% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Na análise mensal – observa – as exportações cearenses em julho de 2017 corresponderam a um montante de US$ 162,9 milhões, registrando um crescimento de 15,8% em comparação ao mês imediatamente anterior. Em relação ao mesmo mês de 2016, estas também aumentaram 88,8%, registrando significativo crescimento. Por sua vez, as importações de julho de 2017 alcançaram o valor de US$ 209,5 milhões, apresentando aumento de 19% em relação ao mês anterior, ficando um pouco acima da média do valor importado ao longo do ano. Quando comparadas ao mesmo mês de 2016, observa-se uma queda de 60,9%.
Em consequência dos valores das exportações e importações, o saldo da balança comercial cearense foi deficitário em US$ 46,6 milhões, no mês de julho, o déficit foi superior ao registrado no mês imediatamente anterior. Já a corrente de comércio exterior cearense foi de US$ 372,5 milhões, acima da média de 2017. Esse valor representou um aumento de 17,6%, quando comparada ao mês anterior.
No acumulado de janeiro a julho de 2017, a pauta de exportação cearense foi liderada pelos produtos metalúrgicos, com US$ 576,6 milhões em vendas externas, participando com 51,13% de tudo que o estado exportou no ano. Vale ressaltar que em 2016 os produtos metalúrgicos participavam com apenas 1,76% da pauta. Destaque para produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, que correspondeu a 96,7% do total do valor do grupo.
Em seguida estão calçados e suas partes, com valor de US$ 160,7 milhões, couros e peles, com US$ 76,6 milhões, alimentos e bebidas, com US$ 56,8 milhões, combustíveis minerais, óleos minerais; materiais betuminosas, com US$ 55,3 milhões, e castanha de caju, com US$ 52,5 milhões. Esses seis segmentos representaram 86,7% de toda a pauta de exportações do Estado no acumulado de janeiro a julho de 2017.
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Fotos: José Wagner e Marcos Studart/Gov. do Ceará
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