Por Edvaldo Araújo
edvaldo@focus.jor.br
Pressionado pelo tempo e pela resistência encontrada juntos aos pedetistas, o senador Eunício Oliveira (MDB) já ensaia uma reaproximação do grupo de oposição. A intenção foi apresentada ao grupo na última reunião, na quinta-feira, 19, pelo deputado federal Genecias Noronha (Solidariedade).
Entre olhares desconcertados, os participantes da reunião não chegaram a rechaçar a proposta. Porém, já fora da reunião, constrangidos, alguns dos opositores reconhecem a dificuldade de reatar a antiga aliança, principalmente se o MDB quiser brigar pelas vagas majoritárias do Senado.
Apesar disso, uma reunião deve ser realizada ainda esta semana. “Não custa nada ouvir”, confidencia um dos opositores.
Focus apurou que a situação do presidente do Senado está ficando desconfortável. No lado que optou, há resistências por parte do PDT e da família Ferreira Gomes, deixando o governador Camilo Santana isolado na articulação com Eunício, mas sem autonomia para decidir a aliança sozinho.
Pelo lado da oposição, as citações da Lava Jato relacionadas ao senador criam uma barreira para a sua volta. Além da dificuldade em acolher sua candidatura na chapa majoritária, ficou um rastro de desconfiança pela maneira como Eunício se jogou nos braços governistas.