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Escritório de empresário é fechado e material recolhido

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Escritório de empresário é fechado e material recolhido

01:00 · 18.07.2017
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Operação da Draco ‘estourou’ duas casas de jogos de azar, em Fortaleza, no último dia 7 de julho. Lucro mensal de um dos locais chegava a R$ 3 mi ( Foto: Helene Santos )

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), da Polícia Civil, está analisando o material apreendido em um escritório, na Rua São Paulo, no Centro de Fortaleza, na última sexta-feira (14), onde funcionaria a administração de uma casa de jogo de azar.

Segundo o titular da Draco, delegado Harley Alencar Filho, documentos, notebooks e pen drives foram apreendidos, no cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Quatro funcionários se encontravam no escritório e foram levados à Delegacia para prestarem depoimento e ser lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (T.C.O). Em sequência, o grupo foi liberado.

O ‘estouro’ do escritório foi desdobramento da operação que fechou duas casas de jogos de azar e Jogo do Bicho, na Aldeota, bairro nobre da Capital, na noite do dia 7 de julho último. Mais de 40 pessoas, entre funcionários e clientes, foram conduzidos à Delegacia, mas contra apenas sete foram lavrados TCOs.

A Polícia recolheu cerca de 155 videobingos, popularmente conhecidos como caça-níqueis, que foram levados à Perícia para descobrir se eram ‘viciadas’, ou seja, se estavam programadas para reproduzirem os mesmos resultados e fazerem os usuários perderem. De acordo com as investigações iniciais, uma das casas lucrava cerca de R$ 3 milhões em um mês e poderia ganhar até R$ 600 mil em um dia.

Penalização

De acordo com o delegado Harley, a investigação já foi convertida em inquérito policial e busca por indícios para chegar aos responsáveis por comandar a prática criminosa. “As investigações estão em andamento. Vamos tentar identificar os proprietários, gerentes, e o patrimônio que eles adquiriram”, afirmou.

Os proprietários dos estabelecimentos ilegais podem responder pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar, o que, combinado, pode resultar em uma pena de 4 anos e 3 meses a 14 anos de prisão. Entretanto, os empresários ainda não foram localizados pela Polícia.

Todas as pessoas detidas até agora foram funcionários simples e clientes, segundo Harley. Mas elas também podem responder ao crime de exploração de jogos de azar, previsto no Artigo 50 da Lei das Contravenções Penais. Caso exista indiciamento por parte da Polícia Civil, a Justiça pode determinar a prisão dos empregados por 3 meses a um ano; e multa que varia de R$ 2 mil a R$ 200 mil para os jogadores ou apostadores.

Diário do Nordeste

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