O candidato da direita, Iván Duque, e o ex-guerrilheiro Gustavo Petro irão ao segundo turno das eleições à presidência da Colômbia no próximo dia 17 de junho. Com 99,7% dos votos apurados, 19,6 milhões de pessoas compareceram às urnas neste domingo (27).
Segundo o Registro Nacional, entidade organizadora das eleições, o senador Duque tem 39,13% dos votos, enquanto Petro, ex-prefeito de Bogotá e ex-guerrilheiro da dissolvida guerrilha M-19, tem 25,09%.
O esquerdista disputou voto a voto com Sergio Fajardo, da Coalizão Colômbia, de centro-esquerda, que até então recebeu 4.586.024 votos (23,74%).
A disputa entre Petro e Fajardo foi acirrada desde o começo da apuração.
No quarto lugar, está o ex-vice-presidente Germán Vargas Lleras, do movimento de direita Melhores Vargas Lleras, com 1.404.264 votos (7,27%), seguido, em quinto, pelo ex-chefe negociador do governo com as Farc, Humberto de la Calle, do Partido Liberal, com 398.775 (2,06%).
Na sexta posição está o pastor evangélico Jorge Trujillo, do movimento Todos Somos Colômbia, com 75.568 votos (0,39%).
Os resultados confirmam a previsões de todas as pesquisas de intenções de voto divulgadas nos três últimos meses.
Quem é Iván Duque?
Advogado com mestrado em direito internacional e administração pública. Foi senador entre 2014 e 2018. É apadrinhado pelo ex-presidente Álvaro Uribe. Uma das vozes mais fortes da oposição pelo “Não” no plebiscito para referendar o acordo de paz com as Farc. Vice: Marta Lucía Ramírez.
Iván Duque, candidato presidencial colombiano, durante campanha em Bogotá (Foto: Jaime Saldarriaga/Reuters)
Quem é Gustavo Petro?
Economista com especialização em administração pública. Foi prefeito de Bogotá entre 2012 e 2015 e senador entre 2006 e 2010. Antes, atuou como guerrilheiro do M-19 (Movimento 19 de abril), que em 1985 ocupou o Palácio da Justiça para pressionar o então presidente, Belisario Betancur, provocando uma violenta resposta do Exército que deixou 100 mortos. Vice: Ángela Robledo.
O candidato Gustavo Petro em campanha para as presidenciais em Barranquilla, na Colômbia (Foto: Jairo Cassiani/Reuters)
G1