A Executiva Nacional do PSDB decidiu nesta 2ª feira (12.jun.2017) que o partido permanece apoiando o governo de Michel Temer no Congresso. Os tucanos não marcaram novo encontro para decidir sobre 1 possível desembarque.
Com 46 deputados e 11 senadores, a saída do PSDB seria letal para a sustentação do Planalto no Legislativo. Os tucanos disseram que ficam no governo enquanto as reformas forem defendidas.
“Seria uma desestabilização muito grande”, diz José Serra (SP) sobre 1 eventual rompimento com Temer. O partido definiu que com a eclosão de “fatos novos” a posição será revista. “Toda vez que acontece 1 fato novo é preciso se analisar”, disse Serra.
Entre os fatos novos podem estar denúncia da PGR (Procuradoria Geral da República), que deve chegar nas próximas semanas. Não houve discussão de como o partido se comportará em uma possível votação pela admissibilidade da denúncia na Câmara.
Descontente, mas fica
O descontentamento dos tucanos é grande. Mas a análise predominante é de que este não é o momento adequado para o desembarque.
Parte dos congressistas está irritada com com a reação de Temer às acusações da Lava Jato. O caso da viagem em 2011 do presidente em 1 jatinho de Joesley Batista foi emblemático.
Temer é investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) no mesmo inquérito que Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), filmado recebendo R$ 500 mil de suposta propina da JBS. Rocha Loures teria sido indicado pelo presidente para tratar de assuntos do governo com a empresa.
Julgamento do TSE
O julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que poderia ter cassado o mandato de Michel Temer teve origem em ações protocoladas pelo PSDB. Houve absolvição da chapa Dilma-Temer, alvo inicial dos tucanos. Integrantes do partido, porém, afirmaram não ter havido discussão sobre a possibilidade do PSDB recorrer da decisão do TSE.
Poder 360