Apenas cobrar os grandes devedores não é suficiente para resolver o rombo da Previdência Social. Dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) mostram que, além do dinheiro não resolver o problema definitivamente, 58% dos valores são classificados como de difícil recuperação.
Em valores atualizados, cerca de R$ 26 bilhões foram pagos por devedores da Previdência entre 2010 a 2016, segundo a procuradoria. Somando todos os tipos de dívidas, o valor total está em R$ 423,9 bilhões.
Do total disponível, R$ 52 bilhões estão garantidos ou parcelados. Do que resta, mais da metade tem poucas chances de recuperação. Isso porque existem dívidas desde a década de 1960 e parte delas pertence a empresas que já faliram.
Na prática, o que é possível de recuperação chega a R$ 160 bilhões. Se esse valor fosse totalmente reintegrado aos cofres públicos em uma única parcela, ainda assim faltariam R$ 20 bilhões para cobrir o rombo da Previdência de 2017.
Futuro da Previdência
Mesmo após recuperar toda essa dívida, o governo teria de encontrar recursos para cobrir o rombo da Previdência a partir de 2018. Como o déficit é formado pela diferença entre contribuições e pagamento de benefícios, a conta é positiva: os gastos são sempre superiores a arrecadação.
O governo não desistiu de recuperar as dívidas. Atualmente, existem 5 milhões de ações judiciais contra os devedores. Além disso, tomou uma série de medidas para tornar a cobrança mais eficiente e evitar fraudes.
Fonte: Portal Brasil, com informações da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Previdência