O primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve, disse há pouco que o incidente no Museu do Louvre, em Paris, nesta sexta-feira (3), é “aparentemente um ataque de caráter terrorista”. A informação é da Agência Ansa. Um homem armado com dois facões tentou entrar no museu e foi contido com cinco tiros por um militar. De acordo com a polícia, o agressor teria gritado “Allah Akhbar” e outras expressões de cunho extremista islâmico.
No Twitter, o Ministério do Interior da França confirmou o incidente e anunciou uma operação de segurança em Paris, alegando um “um grave evento de segurança pública”. O bairro do Louvre foi fechado, assim como o museu, o Palais Royal e as estações de metrô na região.
Cerca de 250 pessoas que estavam nos arredores das atrações turísticas foram levadas para uma área de segurança. A tentativa de agressão ocorreu no Carrousel du Louvre, por volta das 10h locais. De acordo com o porta-voz do sindicato SGP da polícia, Luc Poignant, o suspeito tentou entrar no Carrousel du Louvre com duas mochilas, mas, ao ser impedido pela equipe de segurança, reagiu e tentou agredir os agentes com uma faca. Um militar francês da “Operação Sentinela” disparou cinco tiros contra o suspeito, que também carregava uma faca e um facão.
Nenhum explosivo foi encontrado até o momento, mas jornais locais especulam se o incidente estaria relacionado a algum plano terrorista. Segundo o chefe de polícia Michel Cadot, o agressor teria gritado “Allah Akhbar”, expressão em árabe que significa “Deus é grande” e é geralmente usada por extremistas antes de cometer atentados. O homem foi ferido em condições graves, mas será levado para interrogatório.
A França já foi alvo de atentados terroristas nos últimos anos, como o massacre no jornal Charlie Hebdo, os ataques simultâneos de 13 de novembro de 2015 em Paris, e o atropelamento em Nice no ano passado. Por conta disso, o país mantém um nível alto de alerta terrorista e costuma fechar as vias de acesso e o metrô, além de acionar as forças de segurança diante de qualquer incidente suspeito. A “Operação Sentinela” está em vigor desde que foi decretado o estado de emergência na França, no fim de 2015.
Agência Brasil