Por G1
Os chanceleres e representantes de 17 países da América reunidos em Lima, no Peru, nesta terça (8) condenaram a ruptura da ordem democrática na Venezuela e, em um comunicado, afirmaram não reconhecer a Constituinte do país, a qual pediram que seja encerrada.
No comunicado, lido para a imprensa pelo chanceler peruano Ricardo Luna, eles também expressaram solidariedade à ex-procuradora-geral Luisa Ortega Díaz, destituída do cargo pela Constituinte no sábado.
Na chamada “Declaração de Lima”, com 16 pontos, os diplomatas da região ainda questionaram “a violação sistemática” dos direitos humanos, bem como das liberdades fundamentais e a existência de presos políticos no país.
Segundo a Reuters, o ministro das Relações Exteriores brasileiro, Aloysio Nunes Ferreira, conclamou os participantes do encontro de Lima a redobrarem seu empenho para que a Organização dos Estados Americanos (OEA) “proceda à efetiva adoção da Carta Democrática Interamericana para exigir a pronta restauração do Estado democrático de direito na Venezuela”, segundo comunicado.
A ruptura da ordem democrática já havia sido apontada como motivo para a Venezuela ser suspensa do Mercosul após a eleição da Constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, em 30 de julho.
Participaram da reunião em Lima representantes de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru, entre outros.