O sábado (11) começou chuvoso em Fortaleza e em cidades do interior do Ceará. Monitoramento da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) mostra que as precipitações aconteceram em pelo menos 100 municípios, desde 7h da sexta-feira (10) até 7h do sábado. As regiões que mais receberam precipitações foram as Regiões de Central e Inhemuns, Ibiapaba e Cariri.
Conforme atualização dos dados, Guaraciaba do Norte, na Região da Ibiapaba, teve a maior chuva do período com 86,0 milímetros.
A segunda maior chuva foi em Pires Ferreira com 81.0 milímetros. Foram registradas precipitações nas cidades de Ipueiras (68.0 milímetros); Quixeramobim (65.0 milímetros); Cedro (64.2 milímetros); Lavras da Mangabeira (63.5 milímetros); Ubajara (59.6 milímetros) e Ararendá (59.0 milímetros).
Responsável pelas chuvas que têm banhado o Ceará nas últimas semanas, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) deverá continuar atuando no estado nos próximos dias, especialmente no litoral. De acordo com previsão da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a previsão é de nebulosidade variável com possibilidade de chuva na faixa litorânea e, no interior, céu nublado com chuva, para o sábado e domingo.
Média de chuva satisfatória
De acordo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), de 1º de março até esta sexta-feira (10), Fortaleza acumulou 236 milímetros de chuva, o que corresponde a 70% da média para o mês que é de 339 milímetros.
Capacaidade dos açudes
Apesar das chuvas, os 153 açudes monitorados pela Companhia Cearense de Recursos Hídricos (Cogerh) estão com apenas 7,3% da capacidade de armazenamento, que é de 18,64 bilhões de m³ . Em 2017, os açudes cearense tiveram aporte de 285,1 milhões de m³.
Nesta sexta-feira, foram registrados aportes de de 17,1 milhões m³ em 65 açudes, destacando-se os açudes Acarape do Meio, Angicos, Araras, Ayres de Sousa, Castanhão, Edson Queiroz, Figueiredo, Frios, Orós e Pentecoste.
Estes aportes permitiram que os açudes Fogareiro, Gerardo Atimbone, Junco, Premuoca, São Domingos II e Tejuçuoca deixassem o volume morto e que os açudes Canafístula, Jerimum, Pau Preto, Penedo e Umari deixassem de estarem secos. Dois açudes continuam sangrando, 130 estão com volume abaixo de 30%, 49 em volume morto e 26 permanecem secos.
Açude Maranguapinho foi o primeiro da Região Metropolitana a sangrar (Foto: Reprodução/TV DN)