Uma cachorra da raça Labrador e três gatas foram achadas em imóvel em meio a fezes e sem alimento
A Polícia Civil de São Paulo decidiu abrir um inquérito para investigar Raquel Pacheco, mais conhecida como Bruna Surfistinha, para apurar uma denúncia de abandono de animais em um apartamento localizado no Centro da capital paulista. Uma cachorra da raça Labrador e três gatas foram achadas no imóvel em meio a fezes e sem alimento.
A apuração foi aberta depois que um boletim de ocorrência por ato de abuso a animais foi registrado na última quarta-feira (29), pela síndica do prédio onde Bruna aluga um imóvel. De acordo com ela, Surfistinha alugou o imóvel há seis meses, mas se mudou há cerca de 20 dias após interrupção do fornecimento de energia elétrica devido à falta de pagamento.
Ainda segundo a síndica, os animais permaneceram no imóvel “em total estado de abandono”. A responsável pelo prédio disse que a administração recebeu diversas reclamações de moradores devido ao cheiro forte de fezes e urina, mas que Bruna limpava o local e alimentava os animais esporadicamente. No entanto, havia mais de uma semana que ela não ia ao apartamento.
Foi então que, nesta quinta (30), policiais da 2ª Delegacia da Divisão de Investigações de Infrações contra o Meio Ambiente (DIICMA) estiveram no apartamento e resgataram os animais. Além dos agentes, ativistas das ONGs Lar Promessa Fiel, que cuida de cães, e Perfeitos e Especiais, que resgata gatos na capital paulista, foram ao imóvel.
A labradora foi encaminhada para a ONG Promessa Fiel e ficará no local durante investigação policial. A presidente da organização disse ao portal G1 que ela estava sem se alimentar direito e bastante estressada. Já as três gatas foram levadas para a ONG Perfeitos e Especiais e estão com diversos problemas de saúde.
– Tudo indica que uma delas [as gatas]está com infecção na boca, outra com infecção uterina por não ter sido castradas. Além disso, duas delas por cristais na bexiga. Certamente terão que passar por cirurgia. Por isso, estão com a veterinária Luanda Marino recebendo atendimento – disse a presidente da entidade, Patrícia Masiero.
O OUTRO LADO
O advogado de Bruna, Luis Carlos Pillegi Costa, disse que a acusação é falsa e que a influenciadora vai ao apartamento quase todos os dias.
– Sei de um dia que ela não conseguiu ir, mas eles tinham ração e água. Os fatos foram completamente distorcidos para atender a interesses alheios. Ela foi vítima de uma arbitrariedade e sua residência foi invadida ilicitamente – diz.
Costa afirmou ainda que os vizinhos fizeram a denúncia devido a desentendimentos com Bruna por motivos escusos e que a entrada no apartamento em que a influenciadora mora foi “cruel e truculenta”.
– Foi um conluio para forçar a desocupação do imóvel e prejudicar uma pessoa pública. Ela trata o cachorro e os gatos com muito amor – completou.
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