Por G1
Um forte tremor de terra abalou o México na tarde desta terça-feira (19). O Serviço Geológico dos EUA (USGS) detectou um terremoto de magnitude 7,1 com epicentro perto da cidade de Izucar de Matamoros, que fica ao sul da capital mexicana, às 15h14 (hora de Brasília).
Há pelo menos 119 mortos em 3 estados. Ao menos 29 prédios caíram na Cidade do México. Foram registrados incêndios e pessoas presas nos escombros.
Brasileiros que estavam em regiões atingidas pelo terremoto relataram o susto que levaram e as devastações que testemunharam.
Mineiros no México relatam terremoto de magnitude 7,1: ‘Chão tremeu muito forte’
O mochileiro Mayke Moraes, de Varginha (MG), sentiu o tremor na Cidade do México, onde desembarcou no início da semana. Já o intercambista Anderson Junqueira Rocha, de Três Corações (MG), estava em Puebla, uma das regiões mais afetadas pelo tremor.
“Estava editando um vídeo e acabou de acontecer um tremor, foi um mais forte que o último. O pessoal está todo na rua, estamos escutando vários barulhos de sirene de polícia, ambulância, aqui não aconteceu nada nesse pedaço, mas deu para sentir o chão tremendo muito forte”, contou o mochileiro Mayke Moraes.
Estudante de Três Corações em Puebla
O intercambista Anderson Junqueira Rocha, intercambista de de Três Corações (MG) de 17 anos, também sentiu o tremor na região de Puebla, uma das mais afetadas pelo tremor.
Brasileira relata desespero, desabamentos e caos com terremoto na Cidade do México
A advogada curitibana Renata Alves, que vive na Cidade do México, disse ter presenciado cenas de desespero e caos causadas pelo terremoto.
Ela contou que estava em seu escritório, no sexto andar de um prédio na região da Avenida Reforma, na área central da cidade, quando notou que a terra tremia. No mesmo momento, o local foi evacuado e ela precisou correr, dividindo as escadas com dezenas de pessoas.
“O pessoal começou a descer as escadas, em desespero. Tinha muita gritaria. Teve muita gente em pânico, chorando, tudo isso. Estava todo mundo muito nervoso, sem saber o que fazer. Tivemos que ficar em frente ao prédio, esperando passar”, relatou.
‘Pensei que meu prédio ia cair’, diz modelo potiguar após terremoto no México
A modelo potiguar Lisandra Mendes, que mora na Cidade do México há 10 meses, diz que passou por momentos de tensão durante o terremoto. Ela contou ao G1 que o prédio em que mora não sofreu danos à infraestrutura, mas um edifício que fica ao lado desabou.
“É onde mora uma amiga minha, mexicana. O prédio fica na rua do lado da minha casa, caiu mesmo, foi bem feio”, relata.
Apesar da dificuldade de manter boa conexão de internet, Lisandra conseguiu conversar com o G1 e contar a situação pouco tempo depois do tremor.
‘Moro no México há 10 anos, mas esse foi realmente assustador’, diz catarinense após terremoto
“Moro no México há dez anos, já passei por vários terremotos, mas esse foi o que a gente mais sentiu. Foi realmente assustador”, disse ao G1 a catarinense Elaides Biazin, que vive na Cidade do México.
Diretora operacional, ela estava trabalhando em seu escritório quando sentiu o tremor. “Todo mundo saiu correndo”.
“Na parte térrea o piso se movia completamente, os carros se moviam. Foi mais rápido do que o da semana passada, mas a intensidade foi muito maior.