O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) comentou nesta quarta-feira (20) as bases de sua campanha para a corrida eleitoral de 2018. Em entrevista ao programa 90 Minutos, de José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que “o que liberta o povo da miséria não é Bolsa Família, é instrução e conhecimento”.
Segundo pesquisas, Bolsonaro ocupa o terceiro lugar nas intenções de voto, enquanto o ex-presidente Lula lidera a corrida, seguido por Marina Silva. Para o deputado, o desempenho poderia ser melhor caso as pesquisas não incluíssem tantos nomes.
Como propostas, ele defendeu que a militarização de escolas do país seja uma alternativa para o combate à violência. “Você pega as escolas que foram militarizadas nos estados de Amazonas e Goiás, elas estão na ponta de tudo quanto é prova, ENEM, entre outros testes”, afirmou.
Em relação à entrada de imigrantes de país, o deputado questionou a nova Lei de Imigração do país e defendeu que a medida pode ser um entrave à ordem no país: “Agora com esse novo projeto que foi aprovado, o Código de Imigração, nós corremos o risco seríssimo de a escória do mundo vir pra cá e participar de uma aventura junto à esquerda do Brasil, para buscar uma alternativa para se chegar ao poder de outras maneiras”.
O investimento de tecnologia direcionada à agricultura do Nordeste, a desburocratização da legislação brasileira e a flexibilização para o porte e posse de arma também foram pontos abordados como possíveis focos de sua campanha eleitoral.
Trump
“O que eu vejo de bom no Trump, é que ele fez uma campanha falando da questão de estrangeiros e está buscando cumprir, nada do que ele falou, ele não está tentando colocar em prática”, afirmou Bolsonaro. Ele também comentou que enxerga semelhanças entre as acusações sofridas pelo republicano durante a campanha presidencial em 2016 e as que enfrenta.
Polêmicas
Com a fama de colecionar polêmicas, Bolsonaro comentou o “status” de homofóbico. Ele esclareceu que a acusação surgiu após ser contra a proposta de educação sexual nas escolas. “Como o outro lado não teve como me contra argumentar, foi para o lado do ataque: o cara não gosta de gay, o cara é contra gay, o cara o homofóbico”.
Segundo ele, é papel dos pais e não da escola conversar sobre o tema com as crianças. “Nenhum pai quer que os filhos de 6, 7, 8 anos de idade tenham aula de sexo na escola”, afirmou. “Nem homossexual, nem heterossexual, porque você está estimulando precocemente a criança para o sexo.”
“Um pai prefere chegar em casa e encontrar o filho com o braço quebrado porque estava jogando futebol do que vê-lo brincando com boneca por influência da escola”, completou.
Ouça a entrevista na íntegra:
Band News