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ANM realiza simpósio sobre a importância da ‘Responsabilidade Civil dos Médicos’

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Na tarde desta quinta-feira (22) o salão nobre, no sétimo andar da sede da Academia Nacional de Medicina (ANM), no Centro do Rio de Janeiro, foi palco de uma edificante discussão sobre a ‘Responsabilidade civil para os médicos’. O simpósio foi organizado em parceria entre o presidente da Casa, acadêmico Dr. Francisco Sampaio, pelo benemérito Pedro Grossi, e pelo advogado Henrique Freire.

O discurso de abertura foi feito pelo presidente da ANM, e um dos organizadores do evento, Dr. Francisco Sampaio, que saudou os presentes e lembrou da importância das discussões que ocorrem na casa.

À pedido do benemérito Pedro Grossi, que entrou em contato com a Receita Federal para saber o número de médicos que declaram seus vencimentos no imposto de renda como médicos (ao todo, são cerca de 400 mil médicos no Brasil). Segundo a Receita, cerca de 300 mil declaram sua renda como médico. O benemérito fez o questionamento: “Onde estão os outros 100 mil profissionais que não declaram seus vencimentos como médico?”.

Presidente, dr. Francisco Sampaio, dirigiu os debates
Presidente, dr. Francisco Sampaio, dirigiu os debates

Após declarar aberta a sessão, Dr. Francisco Sampaio passou a palavra para o primeiro palestrante do dia, o também organizador do evento, advogado, Dr. Henrique Freire de Oliveira Souza, especialista em direito da saúde, que falou sobre a responsabilidade civil dos profissionais e das instituições de saúde.

Após as falas do Dr. Henrique Freire, a palavra foi passada para o médico, diretor geral do Hospital Pró-Cardíaco, Dr. Marcos Vinicius Martins, que explicou aos alunos e acadêmicos presentes sobre a prática da medicina em tempos de crise política, econômica e social, e sobre quais os riscos dessa prática para os pacientes e profissionais da área da saúde.

Já o advogado, professor da faculdade de Direito da Uerj e da PUC-RJ, Dr. Anderson Schreiber discorreu sobre a medicina nos tempos de evolução digital, que levantou a questão: “Na evolução da genética, o médico é um protagonista ou seria apenas o aplicador da tecnologia?”. O professor contou casos que acompanhou em que pacientes e centros de saúde entraram em brigas litigiosas.

Na sequência, o médico do Instituto Latino-americano de Gestão em Saúde, Dr. Antonio Jorge Kropf, em parceria com o promotor de Justiça, do Ministério Público do Rio de Janeiro, Dr. Guilherme Martins, que falaram sobre o uso da tecnologia na medicina, nos tempos de informatização. Ambos apontaram os pontos positivos e negativos das mídias sociais e falaram sobre a segurança de dados dos médicos e pacientes.

Antes de encerrar a primeira parte das palestras, o médico e diretor da Faculdade de Medicina da USP, Dr. Jose Otavio Costa Auler Jr. discorreu sobre a questão: “Nesses novos tempos de tecnologia em alta, as grades curriculares estão adequadas se comparadas com o desenvolvimento do mundo?”.

Após o intervalo, a discussão retornou em grande estilo, com as palavras do Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ministro Luis Felipe Salomão, que explicou de maneira simples e didática qual é a visão do judiciário a respeito de todos os temas debatidos durante o simpósio.

O último a falar foi o acadêmico Jose J. Carvalho, que explicou sobre a importância da necessidade de valorizar a relação médico-paciente nesses novos tempos movidos pelo desenvolvimento tecnológico. Falou sobre os limites dessa relação para ambas as partes. Do paciente para com o médico e do médico pra com o paciente.

Para encerrar a discussão, o presidente da ANM, Dr. Francisco Sampaio utilizou a seguinte frase: “A prática da medicina já mudou, e uma coisa é certa: vai sempre continuar mudando. Nada, nunca será como antes.”

JB

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