Há quase três anos, o Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), do Governo do Ceará, iniciou o atendimento de acupuntura, segmento da medicina chinesa tradicional que utiliza agulhas metálicas para tratar de diferentes doenças ou provocar efeito anestésico. “Mais do que tratar a doença, a acupuntura tem como objetivo tratar o ser humano como um semelhante. E nós temos conseguido resultados incríveis aqui”, explica a acupunturista do Hias, Maria Amélia Chaves Oliveira.
O ambulatório de acupuntura do Albert Sabin funciona três vezes por semana, sempre às terças, quartas e sextas-feiras, para pacientes que já são atendidos por outras especialidades no Hospital, conforme recomendação médica. Ou seja, por indiciação de um outro médico do próprio Albert Sabin. “São crianças com obesidade, com enxaquecas inexplicáveis, com ciclo menstrual irregular, problemas emocionais, com dores diversas, é um leque bem amplo”, afirma Maria Amélia.
A adolescente Letícia Damasceno Crisóstomo, 13 anos, que sofre com dores constantes ocasionadas pela gastrite, é uma das pacientes que fazem acupuntura no Hias. Ela iniciou o tratamento há seis meses e já comemora os resultados. “Tive uma grande melhora e ganhei mais um quilo logo que começou”, diz.
Segundo Maria Amélia, as sessões são individuais e duram cerca de 30 minutos. Em um primeiro momento, a especialista conversa com o paciente. “É importante ressaltar que não se trata só do tratamento com agulhas, você tem de conhecer o contexto do paciente. Isso envolve família, alimentação, tudo que pode influenciar na saúde dele”, enfatiza a acupunturista.
Depois de conversar com Letícia sobre a situação familiar dela e suas atividades escolares, iniciou-se a aplicação das agulhas. O processo levou apenas um minuto. Com luzes apagadas e ao som do canto dos pássaros, a jovem logo adormeceu. Quinze minutos depois, as agulhas foram retiradas. “Após cada sessão peço ao paciente que jogue fora as agulhas removidas, é um forma de ajudar a acabar com esse mito das agulhas, de que doem ou são ruins”, conta Maria Amélia.
Eficiência
“Meu objetivo é mostrar a verdadeira medicina tradicional chinesa. Ela não é uma medicina alternativa, é uma especialidade reconhecida”, ressalta a médica, afirmando ainda que, em muitas ocasiões, a acupuntura pode inclusive substituir o remédio. “Quando meu filho tem febre, eu trato com uma única agulha”, conta ela, destacando ainda que, no Albert Sabin, o medo das agulhas está sendo desmistificado pelos pacientes.
Aqueles que fazem o tratamento corretamente, segundo Maria Amélia, passam a se alimentar melhor, a se sentir melhor, e todas essas conquistas são devidamente comemoradas. No dia 14 de julho, os pacientes que estão recendo alta médica mostrarão todo o bem-estar por meio de um show de talentos. “É uma forma de eles mostrarem o crescimento pessoal deles, após curar”, diz a médica especialista. A confraternização é realizada a cada seis meses e organizada pelos próprios pacientes.
Assessora de Comunicação do Hias
Diana Vasconcelos
(85) 3256-1574
imprensa@hias.ce.gov.br