O presidente da República, Michel Temer, defendeu a união de todos os atores políticos, independente de posições partidárias, no trabalho de resolver os problemas e reconstruir o Brasil. A declaração ocorreu durante almoço com governadores, presidentes da Câmara e do Senado, ministros de Estado e parlamentares nesta terça-feira (25).
“Nós podemos juntos fazer a reconstrução do País, independentemente de posições político-partidárias, isto não está em conta. O que é preciso é compreensão de que nós temos um problema sério no País e devemos solucioná-los”, disse o presidente. No discurso, ele defendeu a aprovação de reformas como a trabalhista e da Previdência.
Na visão do presidente, os ajustes apresentados pelo relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), propiciam a aprovação da proposta. Ele enfatizou a oportunidade de aprovar a matéria neste momento. “Então, não há mais razão, penso eu, para que se diga que não se deva aprovar a reforma da Previdência”, afirmou.
Para reforçar a necessidade da reforma da Previdência, Temer lembrou as dificuldades que alguns estados e municípios enfrentam para manter as contas em ordem e pagar aposentados e servidores.
“O que é preciso é compreensão de que nós temos um problema sério no País e devemos solucioná-los. Se não solucionados agora, vamos ter de fazê-lo muito mais vigorosamente, talvez com maiores sacrifícios, daqui a dois, três, no máximo quatro anos”, disse.
Modelo espanhol
Aos presentes no almoço, Temer ressaltou o exemplo dado pela Espanha nos últimos anos. O país europeu precisou tomar medidas duras para sair de uma crise econômica que deixou milhões de desempregados e reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) em 11%. Em visita oficial, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, cumprimentou o Brasil pelas mudanças em curso.
“Indo à frente, fizeram a reforma, a Espanha se recuperou e ele [Mariano Rajoy] disse: ‘Eu sou o maior exemplo disso, porque eu fui reeleito’, exata e precisamente por causa das reformas que ele empreendeu e que levantaram a Espanha”, disse. Durante a discussão das reformas, o governo espanhol enfrentou protestos e greves gerais, mas agora vê a economia melhorar e o desemprego diminuir.
Fonte: Portal Planalto